Em meados dos anos 2000, após um esforço coletivo de qualificação acadêmica que perdurou alguns anos, coube a um grupo de professores do Departamento de Música (DMU), do Centro de Artes (Ceart), da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), a desafiadora iniciativa de propor e implementar um programa de Pós-Graduação. Em decorrência, em 2006, o Programa de Pós-Graduação em Música (PPGMUS) da UDESC foi institucionalizado e, em 2007, iniciaram-se as atividades do primeiro curso público, em nível de Pós-Graduação Stricto Sensu, na área de Música em nosso estado: o Mestrado Acadêmico em Música, lotado em Florianópolis, Santa Catarina, no Centro de Artes da UDESC.
Esse exitoso esforço está ligado a um fator fomentador, de ordem mais ampla, que acompanha o percurso do grupo já antes de sua efetiva institucionalização num programa de pós-graduação: trata-se do processo de verticalização acadêmica empreendido pela UDESC desde finais da década de 1990. Nesse processo, e ao longo da década de 2000, novos concursos foram realizados, reformulações normativas e investimentos foram feitos em diferentes frentes, e nossos docentes puderam contar com apoio institucional para a realização de doutoramentos e estágios de pós-doutoramento. Com isso, deve-se levar em conta que, os dados e produtos aqui relatados são, também, uma espécie de contrapartida, ou seja, não são ações que irrompem por si mesmo, antes resultam de processos de amadurecimento, de comprometimentos individuais e coletivos, de induções institucionais e de políticas públicas definidas e estáveis.
O programa seguiu em desenvolvimento e, em 2017, o Mestrado em Música da UDESC alcançou a nota 4 na Avaliação Quadrienal da CAPES (2013-2016). Essa avaliação externa positiva, decorrente das experiências acumuladas e da produção qualificada dos docentes, discentes e mestres aqui titulados, marca uma nova etapa de esforços que, como já vimos, redundou em uma forte ação subsequente: a proposição do Curso de Doutorado em Música da UDESC. Curso que foi aprovado pela CAPES em novembro de 2018, e que iniciou suas atividades em agosto de 2019.
Nesse percurso, a expansão da procedência de nossos estudantes é um dos indicadores da rede de correlações educacionais, políticas e socioculturais que o PPGMUS vem tecendo desde sua institucionalização. Nos primeiros anos, de modo geral, recebemos estudantes da grande Florianópolis (Florianópolis, São José, Palhoça etc.). E logo passamos a receber estudantes de outras regiões metropolitanas (Lages, Joinville, Blumenau etc.), e de municípios que, situados mais ao interior dos estados da Região Sul, são indicados como municípios pequenos, médios ou grandes que possuem IDH (PNUD/2000) muito alto, alto ou médio (tais como: Jaraguá do Sul, Balneário Camboriú, Timbó, Treze Tílias, Videira, Presidente Getúlio, Penha, Rio Negrinho, Araquari, Vera Cruz do Oeste, Maringá, São Leopoldo, Erechim, Caxias do Sul, Chapecó etc.). Fomos passando a receber estudantes oriundos de cidades e capitais de outros estados (Curitiba, Porto Alegre, São Paulo, Niterói, Belo Horizonte, São Luís, Brasília, Corumbá, Salvador, Boa Vista etc.), e de outros países (Argentina, Colômbia, EUA). Com isso, o PPGMUS vem se consolidando como um espaço de formação, produção, estudo e pesquisa musical povoado por múltiplos sotaques e escutas.
Em paralelo a esse fluxo de expansão, vale frisar o movimento de revisão e aprofundamento epistemológico que, verticalizando nossas capacidades acadêmicas, também acompanha o histórico do PPGMUS. Um rápido indicador desse movimento são as mudanças na organização de nossas áreas de concentração e linhas de pesquisa. Em seus anos iniciais, o programa distribuía seus esforços e potencialidades em 3 áreas de concentração, cada uma com sua respectiva linha de pesquisa:
Mais adiante, o programa passou a se organizar assim:
Atualmente, revendo o perfil de nossos docentes, reavaliando o escopo das disciplinas, pesquisas e orientações aqui desenvolvidas, refinando a visão de nossos alcances, de nossas correlações com a graduação e com o campo de atuação de nossos egressos e, dessa forma, refletindo sobre nossos objetivos e missão, o PPGMUS atualmente se organiza de maneira consideravelmente mais sintética e versátil: a área concentração MÚSICA, com as linhas de pesquisa EDUCAÇÃO MUSICAL, TEORIA E HISTÓRIA e PROCESSOS CRIATIVOS.
Assim, com expansões e aprofundamentos, e entre erros e acertos, em aproximadamente 15 anos de trabalho, o PPGMUS segue, em sua vocação pública, desempenhando papel relevante na capacitação de um significativo número de profissionais que atuam na área de música, sobretudo no ensino, em diversos níveis. Profissionais com formação acadêmica voltada à pesquisa e que têm dado continuidade à sua formação em outras instâncias e instituições.
Destaca-se então o compromisso do PPGMUS com a capacitação para a docência em nível superior, uma vez que nosso programa vem contribuído nas etapas de qualificação de mestres que se institucionalizaram, que cursaram ou cursam o doutorado em outros programas e que, hoje, atuam em faculdades, universidades e institutos federais (tais como: UNILA, UFPel, FURB, UNIVALI, UEM, UFG, UFMA, UFRR, IFSul - Venâncio Aires, IFC - Abelardo Luz, IFC – São Bento do Sul, IFC – Sombrio, IFC – Brusque, IFSC - Florianópolis). Notando que, ampliando sobremaneira seu comprometimento social, desde o 2º semestre de 2019, o PPGMUS vem também se responsabilizando pelo doutoramento de docentes que já estão vinculados a instituições de ensino superior (tais como: FURB, UFMA, UFRR, UFSM, UFSC, UnB e UFRGS).
Considerando esses indicativos de nosso percurso, vocação pública, capacidade de inserção trajetória profissional, acadêmica e musical pode-se dizer que: aqui se reúne um grupo de pessoas – egressos, atuais estudantes, bolsistas de iniciação científica, pesquisadores em pós-doutoramento, docentes visitantes, docentes colaboradores, docentes permanentes e técnicos universitários – que estiveram e estão diretamente comprometidos com os desafios e atividades desenvolvidas em nosso programa.
Sérgio Luiz Ferreira Figueiredo
Maria Bernardete Castelan Póvoas
Simone Gutjahr
Lilian Rosane de Alencar
Yáskara Beiler Dalla Rosa
Marcos Holler
Sérgio Luiz Ferreira Figueiredo
Yáskara Beiler Dalla Rosa
Acácio Piedade
Viviane Beineke
Viviane Beineke
Lucinda Lapolli
Sérgio Luiz Ferreira Figueiredo
Marcos Holler
Lucinda Lapolli
Viviane Beineke
Regina Finck Schambeck
Manoela Sezerino (08/2017)
Thiago Bratti Schmidt (04/2018)
Sérgio Paulo Ribeiro de Freitas
Viviane Beineke
Thiago Bratti Schmidt
Guilherme Antonio Sauerbronn de Barros
Teresa Mateiro
Thiago Bratti Schmidt
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