1ª MOSTRA DE ARTES DA CENA E CULTURAS INDÍGENAS
– FAZER VALER A LEI 11.645/2008
Sinopse: Em 2008 instaurou-se a obrigatoriedade de ensino das culturas indígenas e afro-brasileiras na educação básica mas não no ensino superior criando uma lacuna na formação dos professores acerca desses saberes e práticas reforçado pelo racismo institucional ainda hegemonicamente vigente. Para atuar num sentido de sanação dessas lacunas no campo das artes cênicas foi criada, pelo grupo Imagens Políticas da UDESC, a I Mostra de Artes da Cena e Culturas Indígenas - fazer valer a Lei 11.645/2008, amorosamente ativada para artistas-professores e qualquer ser interessade nas tensões e/ou imbricações do que convencionou-se chamar de “culturas indígenas” e “artes da cena” num sentido anti-colonial/capitalista.
Toda programação é gratuita e de classificação livre. Estimulamos que os vídeos sejam amplamente compartilhados e o material de apoio possa contribuir para professores, artistas, grupos e coletivos que queiram trabalhar as questões que os vídeos provocam.
Os vídeos estarão sempre disponíveis no YouTube no endereço eletrônico abaixo e o contato com o Grupo Imagens Políticas pode ser feito pelas seguintes redes sociais:
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCKCdDvqitp8g1DNiy8CKuIw
Instagram: https://www.instagram.com/imagenspoliticas/
Facebook: https://www.facebook.com/ImagensPoliticas
Site: https://grupoimagenspoliti.wixsite.com/imagenspoliticas
Para dúvidas, sugestões, diálogos ou quaisquer questões que essa mostra sucitar procure-nos por e-mail: Ver email
YNATEKIÉ (obrigada) aos que lutam com dignidade rebelde e digna raiva pela justa causa amorosa!
PROGRAMAS E LINKS
PROGRAMA 1: “FAZER A ARTE FALAR” – CHAMADA INDÍGENA A ARTISTAS CÊNIC@S
com:
- palavras-ações que fortalecem de Kerexú Yxapyry
- registro de ação cênica "A palavra que age - medida performATIVA #1"
Link: https://youtu.be/Cjf2pUFciZA
Kerexpu Yxapyry é uma das lideranças da Terra Indígena Morro dos Cavalos, coordenadora-executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e da Comissão Guarani-Yvyrupá. https://www.cftataendyrupa.com.br/
O projeto-performance A PALAVRA QUE AGE foi a primeira medida performATIVA do projeto "Qual o real da poesia?" - medidas performATIVAS, contemplado pelo Prêmio Rubens Corrêa de Teatro/2013 da Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul. Consistiu na investigação tanto da linguagem performance quanto das relações contraditórias entre o corpo-metrópole que aqui denominamos como CIBORGUE-PASSIVO e o corpo-natureza que para estes fins denominamos como ORGÂNICO-ATIVO. Tais contradições foram notadas com a inclusão, por usuários da rede social Facebook, do "sobrenome" Guarani-Kaiowá como forma de apoio às lutas desse povo indígena. No entanto, nos perguntamos: estamos também dispostos, para além de nos transformarmos em Guaranis-Kaiowás virtualmente a viver CARNE e OSSO e MOVIMENTO uma vida a partir do modelo de ação-vida proposta pelos Guaranis-Kaiowás? Para esse povo não há distinção entre PALAVRA e AÇÃO, uma é outra ao mesmo tempo -- quais dramaturgias corporais ATIVAS podemos construir, a partir desse modelo de ação Guarani-Kaiowá, na nossa ARTE e na nossa VIDA? COM: Valdelice Verón, Lígia Marina, Cacique Ládio Verón, liderança Jatali, liderança Amâncio, Cacique Ernesto, Sérgio Verón, Natanael Vilharva Caceres, Kellen Natalice Vilharva, Talita Verón Vilharva Caceres, Arami Verón Vilharva, Vânia Pereira da Silva, Marcos Chaves, João Dadico, Rodrigo Bento, Tom Kyo, Rony Petersom, Arami Arguello , Tai Petelin, Wilson Baroucki em aliança com seres humanos e não-humanos tanto que já encantaram como que seguem resistindo na luta contra a Colonização.
PROGRAMA 2: FAZER VALER A LEI 11.645/2008 - APRENDER A APRENDER COM AS CULTURAS INDÍGENAS PARA PEDAGOGIAS DAS ARTES DA CENA
com:
- palavras-ações que fortalecem de Casé Angatú Xukurú Tupinambá
- curta metragem “Fôlego Vivo”
Link: https://www.youtube.com/watch?v=YEauYCfPtRQ
Casé Angatú Xukurú Tupinambá é indígena morador do Território Tupinambá de Olivença (Ilhéus/Bahia) na Aldeia Gwarïnï Taba Atã. Historiador e professor na Universidade Estadual de Santa Cruz e no Programa de Pós-Graduação em Relações Étnico Raciais da Universidade Federal do Sul da Bahia. Originariamente decolonial e anticapitalista. https://outraspalavras.net/author/carlosjoseferreiradossantos/
"Fôlego Vivo" (Crato/CE - 2021) é uma realização da Associação dos Índios Cariris do Poço Dantas-Umari. O filme apresenta uma comunidade indígena do povo kariri, situada na Chapada do Araripe (zona rural do Crato/CE), reflete acerca da água: o mito indígena de recriação do mundo junto com as águas contra o mito desenvolvimentista capitalista de controle das águas e das corpas humanas e não-humanas que habitam o Rio São Francisco. https://www.facebook.com/folegovivo
PROGRAMA 3: FAZERES E SABERES - ARTES DA CENA E CULTURAS INDÍGENAS
com:
- palavras-ações que fortalecem de Naine Terena
- curta metragem "Nós somos a crise"
Link: https://www.youtube.com/watch?v=rQZ0ObwD2IQ
Naine Terena é Doutora em educação, mestre em artes, professora universitária e produtora cultural. Curadora independente e arte educadora.
https://www.itaucultural.org.br/secoes/colunistas/oraculo
O curta metragem "Nós somos a crise" propõe desescolarizar para descolonizar! Criado durante a residência artístico-pedagógica homônima contemplada pelo Prêmio Mais Cultura nas Escolas (MinC-MEC) por outras pedagogias possíveis! O curta é uma realização da comunidade escolar da Escola Indígena de Ensino Médio Pascoal Leite Dias (Terra Indígena Terena Limão Verde - Aquidauana/MS - 2016) em parceria com Juma Pariri, Villen Maccarini, Guilherme Furtado & Gurcius Gwedner.
PROGRAMA 4: FAZERES E SABERES II - ARTES DA CENA E CULTURAS INDÍGENAS
com:
- palavras-ações que fortalecem de Juma Pariri
- curta metragem “Nakua pewerewerekae jawabelia / Hasta el fin del mundo / Até o fim do mundo”
Link: https://youtu.be/EuF3GQ0rDWE
Juma Pariri é artivista alienindígena (alheia à noção de Estado-nação porém originária dessa terra conforme conceituação de Felipe Coelho Tocariju). Integrante da Associação dos Índios Cariris do Poço Dantas-Umari e do movimento social Retomada Kariri. Professora indisciplinar, produtora cultural anti-colonial, realizadora de outros audiovisuais possíveis, técnica em agroecologia e aprendiz de erveira. www.ateofimdomundo.art.br
"Nakua pewerewerekae jawabelia / Hasta el fin del mundo / Até o fim do mundo" (Colômbia & Brasil - 2019) é parte do projeto Unid@s contra a colonização: muitos olhos, um só coração. Curta metragem experimental realizado inteiramente com câmera de celular: tentativa ritual de sanação das dores coloniais, dessas feridas abertas que nos doem a todos, human@s e não-human@s, naturezas de Abya Yala.
https://www.facebook.com/UnidesContraLaColonizacion
FICHA TÉCNICA DA MOSTRA
Palavras-ações que fortalecem por: Kerexú Yxapyry, Casé Angatú Xukurú Tupinambá, Naine Terena & Juma Pariri
Imagens audiovisuais que fortalecem por:
"A palavra que age" - medida performATIVA #1 (concepção: Valdelice Verón e Lígia Marina)
"Fôlego Vivo" (realização: Associação dos Índios Cariri do Poço Dantas-Umari)
"Nós somos a crise"(realização: comunidade escolar da Escola Indígena Terena de Ensino Médio Pascoal Leite Dias)
"Nakua pewerewerekae jawabelia / Hasta el fin del mundo / Até o fim do mundo"
(realização: projeto Unid@s contra a colonização: muitos olhos, um só coração)
Vinhetas de abertura e fechamento dos programas produzidas por Hedra Rockenbach a partir do áudio gravado pelo perfil o_ultimo, disponibilizado gratuitamente na plataforma free sounds.
Imagens para composição do material gráfico:
1. Imagem de tela captada do curta-metragem "Guarani Mbyá - um ato legítimo" (2015) de Thiago Carvalho, disponível em: https://youtu.be/1F6VT0srNr8.
2. Fotografia "Mangará e mata - corações do mundo" (2021) - acervo pessoal Juma Pariri.
Produ(A)ções para germinar palavras-ações-imagens que fortalecem por:
Idealização, pesquisa e mediação: Juma Pariri
Coordenação do projeto: Fátima Costa de Lima (UDESC)
Coordenação de produção: Emanuele Weber Mattiello e Gustavo Bieberbach
Assistência de Produção: Geruza Bandeira (aluna DAC-UDESC bolsista oficial do projeto), Yasmim Furtado (aluna DAC-UDESC bolsista do Imagens Políticas)
Edição, criação de vídeos e captação: Paloma Bianchi
Designer: Ricardo Goulart
Curadoria programação: Juma Pariri, Emanuele Weber Mattiello e Gustavo Bieberbach
Consultoria: Gustavo Bieberbach
Legendagem (curtas metragens): Frê Almeida e Gurcius Gwedner
Agradecimentos: YNATEKIÉ a Hedra Rockenbach; Thiago Carvalho; Daiane Dordete (Dir. de Extensão CEART/UDESC); Gustavo Araújo (Dir. Administrativo CEART/UDESC) e toda equipe do Setor de Compras e do Financeiro; Imagianes do Grupo Imagens Políticas; a todes os seres humanes e não-humanes que nos auxiliam a dar sentido e alimento para a reXistência diária e à todes que lutam por um mundo onde caibam muitos mundos aqui e agora.
Nota: O trabalho foi adaptado para o modelo remoto/virtual em virtude da pandemia de COVID-19 e por isso ocorreu somente em 2021.
Realização: Grupo Imagens Políticas (CEART/UDESC) com recursos do Edital Campus de Cultura 2019 da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).
LIBERTAÇÃO/DEMARCAÇÃO JÁ!
JULHO, 2021
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