Coordenação: Cristina Emboaba | Bolsista: Fabrício Solano Gonçalves
Palestra e rodada de discussão com o convidado
palestra e rodada de discussão com o convidado Prof. Dr. Alexandre Costa (UFF) com o tema: O Culto e a Cultura, a Arte e o Sagrado - notas sobre a (des)sacralização da arte em perspectiva histórica.
Nascido em 1972, prof. Dr. Alexandre Costa é doutor em Filosofia pela Universität Osnabrück, Alemanha, e professor associado do Departamento de Filosofia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Procura unir suas atividades acadêmicas, de caráter histórico-filosófico,com o exercício da crítica e também da criação nas áreas de cinema e teatro. Além deste, publicou cinco livros, em que sobressai sua concentração nas áreas de filosofia, literatura e teatro da Antiguidade Clássica, bem como a produção teórica e artística que explora a relação dessa Antiguidade com o mundo contemporâneo. Resulta da natureza desse trabalho desde peças teatrais — como a Oréstia, de Ésquilo, dirigida por Malu Galli e Bel Garcia (2012), em que participa da dramaturgia e assina a tradução; e Labirinto(2015), obra original onde recria o mito do Minotauro em parceria com Patrick Pessoa, sob direção de Daniela Amorim, ambas também publicadas em forma de livro (Giostri Editora, 2013; 2017) —; crítica de cinema e análise fílmica, como no livro e audiobook A História da Filosofia em 40 Filmes (Nau Editora, 2013); até a produção mais propriamente acadêmica por meio de publicação de livros, ensaios, artigos, críticas e traduções.
Palestra e rodada de discussão com o convidado prof. Dr. Marcos Câmara de Castro (USP) com o tema: Talea ou Ordo? Questões notacionais em Motet em Ré menor (Beba Coca-Cola) de Gilberto Mendes: uma proposta de nova edição da obra.
Nesta palestra o professor Marcos tratará das práticas musicais medievais, a partir das quais Gilberto Mendes se fundamentou para a composição desta obra coral, composta à maneira de um moteto isorrítmico medieval sobre um acorde fixo. O prof. Marcos apresentará uma proposta de nova edição da partitura a partir de suas observações e análise.
Marcos Cãmara de Castro é professor associado do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCLRP) da USP de Ribeirão Preto e editor gerente da Revista da Tulha.
Palestra e rodada de discussão com o convidado prof. Dr. Felipe Soares (UFSC) com o tema: Um grego e dois russos: a presença de El Greco (e de seu bizantismo insistente) no trabalho conjunto de Prokófiev e Eisenstein.
Prof. Dr. Felipe Soares é Professor de Artes e de Música no Curso de Cinema da UFSC, Doutor em Literatura pela UFSC (2001), Pós-doutorado em Artes no King's College London (2015), Bacharelando em piano na Udesc e Doutorando em música na Udesc.
Rodada de conversa com a diretora de orquestra Cláudia Feres, sobre o tema: Construção profissional: acaso, escolhas e essência.
Nascida em São Paulo, Claudia Feres formou-se em composição e regência pela UNICAMP. Após um período em Cincinnati e Chicago, obteve o título de Mestre em música pela Northwestern University (Chicago) sob a orientação do maestro Victor Yampolsky. Estudou com Eleazar de Carvalho, Fábio Mechetti, Henrique Gregori, Teri Murai, Ronald Zollman, Gustav Meier, Robert Gutter e Jorma Panula. Foi premiada com a medalha de Honra da cidade de Jundiaí pelo seu trabalho como diretora artística da Orquestra Jovem de Jundiaí de 1982 a 1986. Apresentou-se frente à Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, Amazonas Filarmônica, Orquestra Jovem de Brasília, Orquestra Jovem de Campinas, Orquestra de Câmara da UNICAMP, Camerata Fukuda, Sinfonia Cultura, Orquestra de Câmara de Blumenau, Opera Giocosa del Friuli Venezia-Giulia, Northwestern University Orchestra e North Shore Chamber Orchestra.Em 1987 venceu o concurso para jovens regentes, promovido pela Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Em 1990, participou do 42º Concurso Internacional da Primavera de Praga. De 1991 a 1994 foi regente titular e diretora artística da Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina. Participou do International Institute for Conductors em Kiev, onde regeu a Orquestra Sinfônica Nacional da Ucrânia.
Claudia Feres foi regente adjunta da Orquestra Sinfônica de Santo André de 2004 a 2006. Foi diretora artística da Orquestra de Câmara de Jundiaí de 1999 a 2003. De 2002 a 2006 esteve à frente da Orquestra Filarmônica de Mulheres no Projeto AVON Women in Concert, apresentando-se no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, na Pedreira Paulo Leminsky, em Curitiba e Teatro Municipal do Rio de Janeiro com as sopranos Barbara Hendricks e Kiri Te Kanawa. Ainda neste projeto, se apresentou com artistas da música popular, como Rita Lee, Paula Lima, Vanessa da Mata, Margareth Menezes, Milton Nascimento e Daniela Mercury. Idealizadora de vários projetos, entre eles Concertos Matinais (Londrina - PR), Concertos Astra (Jundiaí - SP), "Música e Cidadania" (Jundiaí - SP). De 2008 a 2010 foi professora das classes de Regência da Faculdade Souza Lima. Desde 1997 é diretora artística da Escola de Música de Jundiaí, onde coordena a Orquestra de Câmara de Repertório. De 2011 a 2014 foi regente Titular da Orquestra Juvenil de Heliópolis - Instituto Baccarelli. Em 2011 foi nomeada Regente Titular e Diretora Artística da Orquestra Municipal de Jundiaí, hoje em sua 11ª Temporada.
Palestra proferida pelo prof. Dr. Jorge Grossman em: A música de Jorge Grossmann: um diálogo de tradições.
Trata do processo criativo no "Concerto para Violão". Será apresentado ao público trechos do concerto, que ainda estão em construção, interpretados por Mantovani, acompanhado ao piano por Carolyn Grossmann. "Além de apresentar e discutir partes do concerto para violão, traremos exemplos de outras obras, nas quais existe um encontro de tradições: o legado musical europeu com a tradição indígena pré-colombiana, a qual se manifesta através do uso de instrumentos e procedimentos composicionais específicos", conta o compositor.
Jorge Grossmann
Jorge Villavicencio Grossmann é um compositor brasileiro de origem peruana que possui grau de doutor em composição musical (DMA) pela Universidade de Boston, onde estudou com Lukas Foss e John Harbison. A sua música tem sido executada por orquestras e conjuntos de renome tais como a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a Orquestra da Rádio Noruega e Klangforum Wien. Ele é detentor de bolsas da Fulbright, Guggenheim, Funda ção Fromm da Universidade de Harvard e dos prêmio Charles Ives da Academia Americana de Artes e Letras, e Jacob Druckman Award do Festival de Aspen assim como a bolsa da Fundação Vitae de São Paulo. Atualmente é professor associado da escola de música do Ithaca College em Ithaca, Nova York. É também diretor da área de composição de VIPA, Valencia International Performance Academy and Festival, na Espanha.
Mais informações : https://bit.ly/3tJ670r
Palestra proferida pelo prof. Dr Luiz Mantovani: As Sonatas Solo de Ferdinand Rebay: Uma Introdução e Comentários sobre minha "Colaboração Póstuma" com o Compositor.
Desde o ressurgimento da música para violão de Rebay no início dos anos 2000, mais atenção tem sido dada à sua música de câmara do que à música solo. Isto é compreensível, uma vez que a produção camerística foi uma característica excepcional do ambiente violonístico vienense durante o chamado "renascimento do violão" no início do século XX. No entanto, Rebay também escreveu muito para violão solo, incluindo sonatas, séries de variações, peças características e miniaturas. Esta palestra abrange o que é indiscutivelmente sua música solo mais sofisticada – as sete sonatas para violão, escritas entre 1925 e 1944. Explanação do conceito de "colaboração póstuma", mostrando como as intervenções na Segunda Sonata em Mi Maior (1941), realizadas pelo prof. Mantovani, trouxeram a peça à vida mais de 80 anos após sua composição. Este trabalho é uma produção acadêmica associada à sua gravação em vídeo desta sonata, financiada pela Hermann Hauser Guitar Foundation de Munique e lançada pela plataforma GuitarCoop em 2022.
O violonista brasileiro Luiz Mantovani é dono de uma sólida carreira internacional que combina performance, ensino e pesquisa. Ex-membro do Quarteto Brasileiro de Violão, com quem recebeu o Grammy Latino de 2011, ele atualmente se apresenta e grava em duo com sua esposa no NOVA Guitar Duo. Luiz Mantovani é Ph.D. pelo Royal College of Music de Londres, onde investigou as sonatas de câmara do compositor vienense Ferdinand Rebay. Considerado uma das maiores autoridades sobre Rebay, suas publicações incluem uma entrada para Grove Music Online e artigos em revistas especializadas. Foi o primeiro violonista a receber o prestigioso Artist Diploma do New England Conservatory of Music em Boston, possuindo também um Mestrado em Música pela mesma instituição e um Bacharelado em Música pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UNIRIO. Desde 2003, Luiz leciona violão e música de câmara na Universidade Estadual de Santa Catarina – UDESC, em Florianópolis.
Palestra proferida pelo prof. Dr. Lucas Eduardo da Silva Galon, Heidegger e Pareyson: Arte e Cultura Confrontadas. Esta comunicação pretende, a partir da filosofia de Martin Heidegger e Luigi Pareyson, por em confronto aspectos da arte e da cultura, no sentido de levantar questões epistemológicas importantes para uma melhor compreensão dos caminhos da arte contemporânea.
Lucas E. S. Galon é compositor, regente e escritor/pesquisador. É doutor e mestre em artes e graduado em música, sempre pela ECA-USP. Também graduou-se em filosofia. Realizou pós-doutorado pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP de Ribeirão Preto, sua cidade natal. Como escritor, tem publicado quase sempre no âmbito da história da arte e da música, bem como em filosofia estética, política e da religião. É diretor artístico da Academia Livre de Música e Artes (Alma), Instituição Aparecido Savegnago e USP Música-Criança. Tem atuado com frequência como diretor artístico de óperas, festivais e concertos nacionais e internacionais. Suas obras musicais e trabalhos acadêmicos têm sido com frequência apresentados no Brasil, Portugal, Itália e Estados Unidos.
Palestra proferida pelo prof. Dr. Alexandre Espinheira sobre Hibridação Cultural e uma possível poética baseada no contexto cultural de instrumentos étnica e geograficamente modificados e identificados, podendo ser utilizada como impetus para a composição de obras de concerto contemporâneas. O artigo situa brevemente o campo da hibridação cultural através de Rios Filho (2010) e Lima (2016, 2019) e apresenta uma discussão sobre o contexto cultural de instrumentos tradicionais através de Neuenfeldt (1998), Mukuma (2010), Jähnichen (2013) e Oludare (2018). Logo em seguida, é apresentado o ambiente cultural no qual o berimbau está inserido com a ajuda de Vieira e Assunção (2009), Galm (2010), Bertissolo (2013) e Magalhães Filho (2019). Numa tentativa de exemplificação, descreve brevemente o processo de composição da obra Berimbau para piano (+voz) e sons eletroacústicos.
Alexandre Espinheira, soteropolitano, mestre e doutor em música, com ênfase em composição de música dos séculos XX e XXI. É membro dos grupos de pesquisa GENOS, Composição e Cultura e da Oficina de Composição Agora (OCA). Atualmente, é professor na Escola de Música da UFBA. É também percussionista atuante em Salvador e trabalha com música eletroacústica e computacional.
Palestra proferida pela profa. Dra. Monica Vermes, Música doméstica no Rio de Janeiro da Belle Époque: desafios de pesquisa, um estudo sobre as práticas musicais domésticas urbanas, particularmente a partir da segunda metade do século XVIII, e que tem sido fortemente centrado nas camadas médias da sociedade, para cuja investigação conta-se com documentação abundante. Nesta conferência foi apresentado alguns dos desafios (e propostas em termos de metodologia e materiais) para buscar uma representação mais abrangente das práticas musicais domésticas no Rio de Janeiro da Belle Époque.
Mónica Vermes é musicóloga, pesquisadora do CNPq e professora titular na Universidade Federal do Espírito Santo. É diretora de publicações da Anppom – Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Música e Editora-Chefe da revista Opus na gestão 2022-2023. Lidera o NELM - Núcleo de Estudos Literários e Musicológicos e participa das atividades do Departamento de Teoria da Arte e Música e do Programa de Pós-Graduação em Letras. É pesquisadora do Labelle – Laboratório de Estudos de Literatura e Cultura da Belle Époque (UERJ), do GIDMUS – Grupo I+D Música y Sociedad (Universidad de la República, Uruguai) e do NOMOS – Núcleo de Musicologia Social do Instituto de Artes da Unesp (IA-Unesp). Em 2004-2005 realizou um estágio pós-doutoral no Departamento de Música da Universidade de São Paulo e entre 2012 e 2015 realizou um segundo estágio de pós-doutorado no Instituto de Artes da Unesp, ambos dedicados à pesquisa sobre a música no Rio de Janeiro no final do século XIX e início do século XX, tema que tem sido o eixo principal de sua atividade de pesquisa. Foi bolsista do Programa Nacional de Apoio à Pesquisa da Biblioteca Nacional (2016-2017) com o projeto Circuitos Musicais no Rio de Janeiro: teatros (1906-1920). Participa regularmente de congressos e outros encontros acadêmicos no Brasil e no exterior (Argentina, Canadá, Tailândia, Uruguai, Chile, Cuba, Itália, Japão, Turquia, Espanha).
CICLO DE PALESTRAS – SEMANA DA MÚSICA DMU/CEART: Realidade e Ficção: A construção do discurso narrativo entre a imagem, a documentação e o drama. Proferido pelo prof. Dr. Alexandre Costa (UFF). Análise do Filme “Carta da Sibéria” – Chris Marker e a exposição da morte do narrador.
Nascido em 1972, prof. Dr. Alexandre Costa é doutor em Filosofia pela Universität Osnabrück, Alemanha, e professor associado do Departamento de Filosofia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Procura unir suas atividades acadêmicas, de caráter histórico- filosófico,com o exercício da crítica e também da criação nas áreas de cinema e teatro. Além deste, publicou cinco livros, em que sobressai sua concentração nas áreas de filosofia, literatura e teatro da Antiguidade Clássica, bem como a produção teórica e artística que explora a relação dessa Antiguidade com o mundo contemporâneo. Resulta da natureza desse trabalho desde peças teatrais — como a Oréstia, de Ésquilo, dirigida por Malu Galli e Bel Garcia (2012), em que participa da dramaturgia e assina a tradução; e Labirinto(2015), obra original onde recria o mito do Minotauro em parceria com Patrick Pessoa, sob direção de Daniela Amorim, ambas também publicadas em forma de livro (Giostri Editora, 2013; 2017) —; crítica de cinema e análise fílmica, como no livro e audiobook A História da Filosofia em 40 Filmes (Nau Editora, 2013); até a produção mais propriamente acadêmica por meio de publicação de livros, ensaios, artigos, críticas e traduções.
Palestra em videoconferência proferida pelo pesquisador prof. Dr.Fernando Lacerda, que irá apresentar e discutir o tema "Fontes para a pesquisa da história da música no Brasil: do mapeamento e conservação à pesquisa".
Resumo: A pesquisa voltada à história da música pressupõe a utilização de fontes, que podem se apresentar nas mais diversas tipologias e em suportes materiais igualmente diversos: partituras e partes instrumentais ou vocais avulsas, documentos textuais em suporte de papel, os fonográficos em LP, fitas K7 e rolos de cera, os audiovisuais, nos mais diversos tipos de fitas magnéticas, mas também os instrumentos musicais, o mobilário para a prática de música e até mesmo as lápides de músicos são alguns exemplos. A conferência abordará a atividade musicológica a partir da pesquisa documental in loco em acervos e as problemáticas relativas a tal pesquisa, que muitas vezes não se limita à consulta dos itens documentais, mas demanda também seu tratamento. Mais que propor soluções únicas para contextos ideais, busca-se estimular o diálogo em torno de caminhos que são viáveis em cada contexto de pesquisa e para cada entidade custodiadora.
Bio: Fernando Lacerda é graduado em Direito e em Música (Composição e Regência). Mestre e doutor em Música pela UNESP. Realizou estágios pós-doutorais junto aos PPGs Música / UFMG e Artes / UFPA. Foi bolsista CAPES na pós-graduação e nos pós-doutorados. Atualmente, é docente da Escola de Música da Universidade Federal do Pará, onde coordena o DoMus - Laboratório de Documentação Musical da UFPA e o PatriMusi - Grupo de Pesquisa Patrimônio Musical no Brasil. Foi segundo secretário da Associação Naciona de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM) na gestão 2015-2017.
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