GIRA A EXTENSÃO NA FAED!
Giro dialógico, comprometido mais efetivamente com demandas sociais
[...] o homem, que não pode ser compreendido fora de suas relações com o mundo, de vez que é um “ser-em-situação”, é também um ser do trabalho e da transformação do mundo. O homem é um ser da “práxis”; da ação e da reflexão. Nestas relações com o mundo, através de sua ação sobre ele, o homem se encontra marcado pelos resultados de sua própria ação. Atuando, transforma; transformando, cria uma realidade que, por sua vez, “envolvendo-o”, condiciona sua forma de atuar. Não há, por isto mesmo, possibilidade de dicotomizar o homem do mundo, pois que não existe um sem o outro. (Paulo Freire, em “Extensão ou Comunicação”).
A prática da extensão universitária é parceira do ensino e da pesquisa no abrir das janelas e dos caminhos para que os(as) estudantes desenvolvam suas habilidades de leitura da palavramundo. Na FAED, essa leitura se dá a partir da palavramundo na história, no espaço geográfico, na informação e nas relações de ensino-aprendizagem. A Extensão é, portanto, processo formativo para os(as) estudantes; é preparação para ressignificar sua inserção nesse mundo através do trabalho transformador. Evidentemente, ela transforma também a prática dos professores e professoras, posto que nos coloca novas questões de pesquisa e torna vivo o conteúdo de nossas aulas.
E como gira a extensão, na FAED?
Gira a Direção de Extensão, Cultura e Comunidade tendo por base as cinco diretrizes nacionais da extensão universitária: interação dialógica, interdisciplinaridade e interprofissionalidade; indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão; impacto na formação do(da) estudante; impacto e transformação social. Mas, sobretudo, gira tendo como ponto de partida a concepção da extensão como prática comunicativa dialógica, particularmente atenta aos grupos sociais historicamente subalternizados, de modo a apoiá-los na conscientização política sobre seus direitos, com vistas a sua autonomia. Entendendo que a realidade contém, ela mesma, as sementes para sua transformação, nossas proposições práticas lançam um olhar cuidadoso para o que já existe, valorizando e qualificando nossas práticas extensionistas.
Em um ato de “geografizar a extensão” na FAED, precisamos entender como nossas práticas estão acontecendo no território, pensado a partir de múltiplas escalas: a vizinhança, o bairro, a cidade, a região, o estado... Nesse sentido, o importante debate sobre a internacionalização da extensão deve ser encaminhado pari passu com a reflexão sobre qual a presença da Udesc no Morro do Quilombo, por exemplo, aqui do nosso lado, assim como sua relação com o Manguezal do Itacorubi (uma área de preservação permanente).
Quando a Extensão marca presença em territórios periféricos, ela passa a se relacionar com as políticas de democratização do acesso à Universidade, pois informa a população sobre a existência e possibilidade de cursar uma universidade pública e gratuita. Aliás, apesar de os Assuntos Estudantis terem sido deslocados da PROEX na estrutura da Reitoria, nos Centros, é a Direção de Extensão que dá encaminhamento às políticas de permanência, como o Edital PRAFE e a distribuição de Bolsas de Apoio Discente.
Eis, pontualmente, nossas propostas de ação:
DIREÇÃO DE EXTENSÃO ATENTA AO COTIDIANO DO FAZER EXTENSIONISTA: Apoiar, por meio da Direção de Extensão, Cultura e Comunidade, as ações de extensão do Centro, em sua cotidianidade: participando da gestão dos recursos das ações de extensão, por meio da mediação das relações dos(das) coordenadores(as) com as coordenações Financeira e de Compras; buscando atender de forma mais prática às demandas cotidianas de transporte vindas das ações de Extensão; auxiliando nos processos de contato, inserção e divulgação das ações na comunidade.
EXTENSÃO NA PÓS-GRADUAÇÃO: trabalhar em conjunto com a Direção de Pesquisa e Pós-graduação para implementação da extensão na Pós-graduação, tendo por alicerce a proposição de uma Ciência Cidadã do movimento Ciência Aberta.
CURSOS FORMATIVOS PARA DISCENTES: Promover cursos formativos para discentes, sobre princípios da Extensão Universitária, tornando sua atuação mais consciente, bem como cursos de línguas, produção textual etc.
INCENTIVO À PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS EXTENSIONISTAS: Incentivar a participação de professores(as) e estudantes em eventos regionais e nacionais, como o SEURS e o CBEU.
CREDITAÇÃO DA EXTENSÃO: Por meio da atuação integrada das direções de Extensão e Ensino, apoiar as Chefias de Departamento e NDEs no processo de reforma e implantação dos currículos com a creditação da extensão.
PORTAL VIRTUAL DA EXTENSÃO: Ampliar a divulgação das ações extensionistas mediante a construção de um portal virtual, com mapeamento e oferta de ações de extensão e ações comunitárias.
CONEXÃO COM INSTÂNCIAS GOVERNAMENTAIS: Estabelecer pontes para a atuação extensionista em instituições governamentais e secretarias municipais de ensino.
COLEÇÃO DE E-BOOKS: Propor parceria com a editora UDESC para criar uma coleção de e-books sobre aspectos da cultura, geografia, educação e história de Santa Catarina.
ASSESSORIA TÉCNICA POPULAR: Criar um Núcleo Interdisciplinar de Assessoria Técnica Popular para movimentos sociais e ocupações urbanas.
ATENDIMENTO E APOIO A DISCENTES: por meio da ação conjunta de Direção de Extensão e Direção de Ensino, promover o atendimento a discentes: divulgar e auxiliar a inscrição nos editais da Política de Permanência Estudantil; apoiar o movimento estudantil nos diálogos com a Reitoria acerca da qualificação do Restaurante Universitário (RU), da construção da Moradia Estudantil e da exigência, junto às empresas, da ampliação dos horários de transporte público coletivo; apoiar os grupos e coletivos estudantis em suas demandas, tais como o Grupo PET-Geo, a Atlética e a proposta da Empresa Júnior da Geografia.
VALORIZAÇÃO DO PROTAGONISMO ESTUDANTIL: promover um ambiente universitário que valorize a sociabilidade respeitosa, a participação e o protagonismo estudantil.
APROXIMAÇÃO COM O CEART: Promover uma aproximação com o CEART para organização e divulgação de apresentações artísticas.
CINEMA NO CENTRO DA CIDADE: Propor a organização de um Cineclube regular nas dependências do Museu da Escola de Santa Catarina (sediado no antigo prédio da FAED), com exibição de filmes relacionados a temas emergentes nas práticas de ensino, pesquisa e extensão do Centro.
IDCH: rediscussão da política de aquisição, gestão e difusão de acervo do Instituto; valorização do patrimônio documental e edificado do Instituto (considerado o prédio em restauração, no centro de Florianópolis); lançamento de editais de estímulo à pesquisa no IDCH (prêmio IDCH de pesquisa); promoção de maior integração do IDCH com o cotidiano da área central, por meio de uma agenda de atividades junto à comunidade, em especial aquelas diretamente relacionadas aos projetos de extensão da FAED e à divulgação do acervo do IDCH.
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