Por um IDCH conectado com a FAED e com as pulsações da cidade
Meu nome éJanice Gonçalves e nasci na cidade de São Paulo, mas dos 3 aos 29 anos vivi no “C” do ABC paulista (em São Caetano do Sul). Meus avós maternos e paternos, assim como meu pai, trabalharam em fábricas. Minha infância transcorreu em uma vila operária composta por casas de tijolos aparentes, instaladas ao longo de uma única rua que, entre setembro e outubro, ficava pontilhada de amarelo, devido às flores dos ipês em frente às habitações. Viva em minha memória, a vila foi derrubada e deu lugar a um conjunto habitacional.
Dedico-me à história desde os 18 anos e às questões do patrimônio cultural desde os 20. Sou historiadora formada pela Universidade de São Paulo (bacharelado, licenciatura, mestrado e doutorado). Antes do mestrado, tive bolsa para estudar quatro meses no Rio de Janeiro, em curso de aperfeiçoamento em arquivos públicos promovido pelo Arquivo Nacional. Na cidade de São Paulo, desenvolvi atividades no Arquivo Público do Estado, no Departamento do Patrimônio Histórico da prefeitura e até mesmo na Cinemateca Brasileira (uma breve consultoria para organizar o arquivo de Paulo Emílio Sales Gomes). No interior paulista, dirigi, entre 1994 e 1999, a Fundação Pró-Memória de Indaiatuba, tendo sido responsável pela implantação do arquivo municipal e do sistema municipal de arquivos, bem como pela implementação de procedimentos de tombamento de bens edificados. Durante minha “fase indaiatubana”, integrei o Conselho Nacional de Arquivos, como representante de arquivo municipal.
Vivo em Santa Catarina desde 1999. Após ser aprovada em concurso, dei aulas na FURB, entre 1999 e 2001, e em 2001 ingressei na UDESC como professora efetiva do Departamento de História. Contribuí para a criação das disciplinas de Prática Curricular Patrimônio Cultural, na graduação em História, assim como do atual Laboratório de História Pública e Patrimônio Cultural, o LABHPAC. Coordenei a pesquisa que resultou no registro como patrimônio cultural brasileiro, pelo Iphan, em 2018, da Procissão Senhor dos Passos, em Florianópolis (o primeiro registro federal relativo a Santa Catarina!).
Integro com entusiasmo e esperança o coletivo “Gira, FAED!” e agradeço a confiança em mim depositada, com a indicação para que coordene o Instituto de Documentação e Investigação em Ciências Humanas - IDCH.
O IDCH tem dupla dimensão patrimonial, pois sua sede é um bem cultural edificado que, ao mesmo tempo, deve abrigar, tratar tecnicamente e difundir conjuntos documentais considerados relevantes. Além disso, o Instituto pode e deve se integrar mais efetivamente aos fluxos e às pulsações da cidade, tornando-se uma preciosa vitrine das diversas atividades que realizamos na FAED.
Entre as muitas ideias e propostas do coletivo “Gira, FAED!” para o IDCH, vale salientar as seguintes:
Rediscussão da política de aquisição, gestão e difusão de acervo do Instituto;
Valorização do patrimônio documental e edificado do Instituto;
Lançamento de editais de estímulo à pesquisa no IDCH (prêmio IDCH de pesquisa);
Promoção de maior integração do IDCH com o cotidiano da área central, por meio de uma agenda de atividades junto à comunidade, em especial aquelas diretamente relacionadas aos projetos de extensão da FAED e à divulgação do acervo do Instituto.
ENDEREÇO
Av. Madre Benvenuta, 2007 Itacorubí, Florianópolis / SC CEP: 88.035-001
CONTATO
Telefone: (48) 3664-8500
E-mail: dg.faed@udesc.br
Horário de atendimento: 07h às 19h
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