Ernesto Nazareth é um divisor de águas na música brasileira, não só pela contribuição composicional em si, mas pela sua dedicação ao piano e consequentemente a contextualização dos ritmos da música de salão adaptadas a uma escrita elaborada, refinada e muito pianística. Suas 216 obras abrangem diferentes gêneros musicais. Sua composição se desenvolve, amadurece e contempla desafios técnicos e interpretativos à medida que o tempo passa. Nesta palestra vamos observar seu estilo composicional, suas influências e sua atuação profissional. Exemplos musicais serão compartilhados para maior compreensão de sua contribuição na música brasileira.
A palestra versará sobre a produção violonística do compositor mineiro radicado na Itália Marcus Siqueira. Serão abordados os aspectos técnico-composicionais utilizados nas principais músicas, as influências sonoras recebidas das mais diversas fontes – que vão desde a arte medieval até estética eletroacústica, passando pela música folclórica e blues – e aspectos interdisciplinares percebidos em suas composições. Marcus Siqueira é um compositor que se utilizou do violão em obras solo, música de câmara e concertos para violão e orquestra, e todos esses aspectos serão observados com fontes audiovisuais. O palestrante, Gilson Antunes, registrou em CD grande parte da obra para violão solo desse compositor, tendo sido dedicatário de algumas de suas principais músicas para violão.
Partituras pioneiras do violão no Brasil: a produção de Melchior Cortez, com Humberto Amorim (clique aqui para acessar)
A palestra traça um breve panorama das partituras pioneiras para violão no Brasil, enfocando na produção de Melchior Cortez (1882-1947), português radicado no Rio de Janeiro desde os nove anos e personagem atuante no cenário musical carioca das primeiras décadas do século XX. Com cerca de 20 itens publicados já catalogados, Cortez se destaca por inserir no mercado editorial algumas abordagens violonísticas inéditas no Brasil do período, tanto no que se refere à inclusão de gêneros ou estilos (elegias, estudos, choros, árias populares espanholas, fados, transcrições românticas, obras didáticas, arranjos diversos) quanto ao uso de técnicas ou recursos idiomáticos até então pouco explorados, como tremolos, harmônicos, tamboras, piparotes, dentre outros.
No catálogo de Almeida Prado da Academia Brasileira de Música são listados 345 títulos na categoria obras para piano solo, uma produção nunca antes alcançada por um compositor brasileiro neste gênero. Nesta listagem, a variedade está presente em diversos aspectos: abrange desde peças avulsas até séries monumentais; exprime humor, espirituosidade e poesia; passa por experimentações vanguardistas ao lado de alusões à música do passado; traz inspirações pictóricas programáticas assim como formas tradicionais sem pretensões descritivas. Em paralelo, originalidade e sofisticação tanto estrutural quanto sonora confere unidade ao conjunto. Este é o enfoque da palestra, com exemplificações de elementos semelhantes em obras de diferentes dimensões e temáticas.
Mesa redonda: Percussão e Música Brasileira: diversidade e criatividade, com Cesar Traldi, Chico Santana e Ygor Saunier (clique aqui para acessar)
A mesa redonda "Percussão e a música brasileira: diversidade e criatividade" convida os percussionistas Cesar Traldi, Chico Santana e Ygor Saunier para refletir sobre como articulam suas atuações na Universidade em relação às 3 dimensões do tripé universitário - ensino, pesquisa e extensão.
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