Projeto Ramp promove reabilitação de pessoas amputadas.
Imagem: Divulgação
O projeto de extensão
Reabilitação Multidisciplinar em Amputados (Ramp), do
Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (Cefid) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), recebeu, na última quarta-feira, 27, a paratleta Adriele Silva. Em uma palestra online, ela compartilhou com os participantes do projeto sua história e experiência como pessoa amputada.
A iniciativa foi feita em parceria com a Consolidar, empresa de soluções de diversidade e inclusão no mercado, e teve apoio do instituto Alke e de uma organização que encontra cuidadores para famílias que necessitam deste serviço. Estavam presentes pacientes do projeto Ramp e seus familiares, além de alunos de graduação e
pós-graduação em fisioterapia e educação física.
Após a fala da atleta, os participantes do projeto realizaram uma oficina de pintura para trabalhar, de forma lúdica, o equilíbrio sem prótese e, segundo os organizadores, “a alegria em reabilitação”. O projeto completa 12 anos em 2024 na na busca de uma reabilitação integral de pessoas amputadas.
História da Adriele
Adriele teve suas duas pernas amputadas há seis anos, por conta de um problema de saúde. A nova vida adaptada levou a paulista até o triatlo, modalidade em que virou destaque internacional, tornando-se a primeira mulher biamputada do mundo a disputar o Ironman , famosa prova de triatlo de longas distâncias.
Parceria do Ramp e Consolidar
O projeto Ramp busca, com essa parceria da Consolidar, realizar uma série de palestras e uma capacitação para ensinar familiares, alunos e fisioterapeutas, além dos pacientes do projeto, sobre inclusão e capacitismo e dar condições para que os pacientes aprendam sobre autoconhecimento e descubram seus talentos.
Segundo a coordenadora do Ramp, professora Soraia Tonon da Luz, a ideia é trazer, durante esse semestre, atividades em parceria com essa instituição para que os pacientes possam se encontrar em outra atividade e se reinventarem nessa nova imagem corporal após a amputação. “Existem atividades com os alunos no sentido de orientá-los em relação ao capacitismo e deficiência, assim como inclusão no mercado de trabalho”, complementa a professora Soraia.
Sobre o projeto
Vinculado ao programa permanente de extensão Reabilitar e Integrar, o Ramp visa reabilitar e integrar a pessoa amputada de forma multidisciplinar, desenvolvendo atividades no Hospital Regional de São José, no Instituto de Cardiologia de SC e no Laboratório de Biomecânica da Udesc Cefid.
Durante a pandemia, o projeto criou um
site com diversos conteúdos e serviços para pessoas com amputações e profissionais que atuam junto a esse público, dentre elas a telefisioterapia.
Com o retorno integral das atividades presenciais do programa, inclusive nas atividades físicas adaptadas, a telefisioterapia foi incorporada definitivamente ao projeto e segue prestando serviço a pessoas amputadas para além do Estado.
O Ramp tem apoio da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, com o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, do Instituto Alke, do Otto Bock Brasil e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail
rampudesc@gmail.com e no
Instagram.
Assessoria de Comunicação da Udesc
E-mail: comunicacao@udesc.br
Telefones: (48) 3664-7935/8009