O Laboratório AYA é composto por dois Programas de Extensão Universitária, o Programa: Olhares, vozes e memórias: saberes africanos e indígenas, coordenado pela Prof.ª Luisa Tombini Wittmann, e o Programa: Histórias africanas e indígenas: olhares e práticas na educação, coordenado peça Prof.ª Cláudia Mortari. O Laboratório AYA tem como base a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, articulados em uma relação dialógica com a sociedade (MORTARI; WITTMANN, 2018, p.161). Desse modo, desenvolve a teoria e a prática de forma conjunta na formulação e divulgação do conhecimento, visando contribuir para a luta e educação antirracista.
Programa: Histórias africanas e indígenas: olhares e práticas na educação, 2022 – 2023.
Coordenado pela Prof.ª Claudia Mortari.
O programa é constituído de 03 ações/projetos:
1ª Ação: Projeto Narrativas africanas e indígenas e o ensino de história, coordenado pela Profª Cláudia Mortari. Se constitui na elaboração de materiais didáticos pensados para os professores da rede pública de ensino e sua respectiva formação. O material em questão está sendo produzido considerando os paradigmas previstos para o ensino brasileiro com base nas leis nº 10.645/2003 e nº 11.645/08 e na Lei de Diretrizes Básicas da Educação, com diálogo ativo com povos indígenas, afrodiaspóricos e africanos. É composto por aulas-oficinas que objetivam a apreciação, discussão e práticas em sala de aula sobre narrativas orais, culturas, memórias, diversidade dos povos indígenas no Brasil, africanos e afro-diaspóricos, voltadas preferencialmente para o 5°, 6º, 8° e 9° anos do ensino fundamental.
2ª Ação: Projeto Histórias africanas e indígenas: epistemologias e saberes em diálogo, coordenado pela Prof.ª Luisa Tombini Wittmann. Este projeto tem como objetivo a publicação de coletâneas, materiais didáticos e dissertações e teses nas temáticas africanas, afro-brasileiras e indígenas no sentido de contribuir para a solidificação de uma rede de pesquisadores, ativistas sociais e professores do campo teórico-prático pós-colonial e decolonial, e tem como pressuposto fundamental a disseminação do conhecimento multidisciplinar produzido em diferentes espaços. Duas publicações foram os primeiros resultados desse projeto, ambas decorrentes do I Encontro Pós-Colonial e Decolonial ocorrido da FAED/UDESC entre os dias 23 e 25 de outubro de 2019: o Diálogos Sensíveis: produção e circulação de saberes diversos, e-book que publiciza as comunicações apresentadas nos Simpósios Temáticos ocorridos no evento; e Narrativas Insurgentes: decolonizando conhecimentos e entrelaçando mundos, e-book que inaugurou a coleção AYA e representa também a constituição da Rede Multidisciplinar de Estudos Pós-Coloniais e Decoloniais, cujos alguns dos participantes produziram capítulos que compõem a obra.
Disponibilizados na Biblioteca Virtual do AYA Laboratório, Diálogos Sensíveis: produção e circulação de saberes diversos com 715 acessos. E o Narrativas Insurgentes: decolonizando conhecimentos e entrelaçando mundos teve 2.334 acessos até o momento.
3ª Ação: Projeto “Cursos de Formação Continuada: Estudos Africanos e Indígenas”, coordenado pela Prof.ª Cláudia Mortari. O objetivo deste projeto consiste no oferecimento de dois Cursos de Formação Continuada para professores(as) da rede de ensino nas temáticas dos Estudos Africanos e Indígenas. Os cursos serão semi-presenciais (uso da plataforma moodle e encontros presenciais que irão ocorrer na FAED/UDESC), com carga horária de 40 horas cada. Serão oferecidas 40 vagas. Uma das atividades do projeto consiste na elaboração do materiais didáticos (ebook) que serão utilizados ao longo dos cursos em formato digital e que serão, posteriormente, disponibilizados também através do site do site do Laboratório de Estudos Pós-Coloniais e Decoloniais – AYA.
Programa: Olhares, vozes e memórias: saberes africanos e indígenas, 2022 – 2023.
Coordenado pola Prof.ª Luisa Tombini Wittmann.
O programa é constituído de 03 ações/projetos:
1ª Ação: Projeto Biblioteca Virtual Estudos Africanos e Indígenas, coordenado pela profa. Luisa Tombini Wittmann e desenvolvido no âmbito do AYA - Laboratório de Estudos Pós-coloniais e Decoloniais (FAED-UDESC). Com o objetivo de colaborar para a implementação das leis federais nº 10.639/03 e nº 11.645/08 e suas diretrizes, esta ação se constitui de pesquisa, produção e divulgação de materiais (escritos, sonoros, imagéticos, audiovisuais, etc.) produzidos por integrantes do laboratório e por pessoas africana, afro-brasileira e indígenas.
Tem como intencionalidade disponibilizar produções diversas sem hierarquizar o saber e o sentir, compreendendo que o conhecimento ultrapassa as barreiras da universidade, procurando “um movimento contra as fronteiras e para além delas” (HOOKS, 2017, p. 24), se constituindo enquanto uma base de dados.
O escopo da ação é a criação e divulgação de materiais que contribuam para a qualificação profissional de professores da rede de ensino e de estudantes e pesquisadores de graduação e pós-graduação do campo das Ciências Humanas, embora o alcance extrapole os muros da universidade e as fronteiras do Brasil.
Acesse o site!
2ª Ação: Projeto Fazer e Contar Histórias: audiovisuais sobre temáticas africanas e indígenas, coordenado pelo Prof. Filipe Noe da Silva. O AYACAST, podcast do AYA Laboratório, busca divulgar e valorizar narrativas históricas plurais que descentralizam a perspectiva eurocêntrica, ampliando concepções múltiplas e pluriversais de conhecimento, articulando o conhecimento produzido no âmbito da universidade e o que provém das experiências e vivências de homens e mulheres que são marcados pelo processo de violência da colonialidade ocidental. Nessa perspectiva, partimos do princípio de que a proposição de uma educação para a decolonização de corpos, memórias, saberes precisa considerar e incorporar formas diversas de ver, viver e narrar o mundo.
Ao longo do período de vigência do projeto, foi produzida uma série de podcasts intitulada “Narrativas e Histórias Plurais”, construída a partir das falas dos palestrantes do I EPD (Encontro Pós Colonial e Decolonial), ocorrido em outubro de 2019, com o propósito de disseminar discussões ligadas ao campos teórico-prático pós-colonial e decolonial e buscar, a partir da interlocução com pesquisadores, docentes, intelectuais e militantes sociais, difundir histórias e culturas de populações africanas e indígenas. Os três primeiros episódios estão disponíveis no site do Aya Laboratório, no site da UDESC/Comunicação, no Spotify e alcançaram até o presente momento 3.157 pessoas.
3ª Ação: 2° Encontro Internacional Pós-Colonial e Decolonial (2° EPD): Encruzilhadas Históricas e Culturais, que ocorreu entre 11 a 14 de novembro de 2022. O evento objetivou reunir pesquisadores, professores, estudantes de graduação, pós-graduação e da educação básica, integrantes de movimentos sociais e de coletivos africanos e indígenas e demais interessados para a construção de diálogos, circulação, produção e divulgação científica e cultural pós-colonial e decolonial, com ênfase nas temáticas africanas, afro-diaspóricas e indígenas. A pergunta suleadora das atividades é: "Quais questões e possibilidades se colocam à produção de conhecimentos politicamente situados na busca pela equidade social e produção de epistemologias plurais?" A interseccionalidade, transdisciplinaridade e interculturalidade são eixos estruturantes do evento, contando com Rodas de Conversa, Diálogos Contemporâneos, Simpósios Temáticos, Oficinas, a 1ª Mostra Imagens Encruzilhadas, lançamentos de livros, o Festival ÌPÀDÉ, atividades culturais e o Circuito de Exposições: Poéticas da Relação. Os seguintes eixos de discussão suleiam as discussões nas Rodas de Conversa e Diálogos Contemporâneos: Imagens Encruzilhadas, Encruzilhadas Temporais, Terrexistência: saúde, meio ambiente e luta pela vida, Educação Decolonial, Patrimônios e Memórias em Encruzilhadas, Racismos e Antirracismos, Narrativas, escrevivências e testemunhos. Alcançou um público diverso de cerca de 2.500 pessoas presencialmente. O evento foi realizado e organizado pelo Laboratório AYA em parceria com a Universidade Eduardo Mondlane (UEM-Moçambique), Instituto Superior de Ciências da Educação de Cabinda da Universidade Onze de Novembro (ISCED-Cabinda/UON/Angola), Museu Afro Brasil, Museu Nacional, Centre of African Studies (University of Cambridge), GEAsur-Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), NEAB/UDESC e NUDHA/UDESC, NEABI da UFRGS, NEABI do Instituto Federal do Maranhão, Instituto Ella, Casa das Áfricas, Núcleo Amanar. Nesta composição, num diálogo Sul-Sul, objetivou-se na própria concepção do evento, evidenciar a potência de diversidade de histórias, de culturas africanas, afro-diaspóricas e indígenas, visando a produção de epistemologias plurais e de práticas transformadoras no campo das Ciências Humanas e da Educação em busca de equidade social.
Para saber mais sobre o evento e sobre produções derivadas, acesse o site!
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