Resolução prevê que sejam criados NAEs setoriais
nas unidades da instituição - Foto: Jonas Pôrto
O Conselho Universitário (Consuni), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), aprovou uma
resolução que regulamenta a constituição e o funcionamento do
Núcleo de Acessibilidade Educacional (NAE). Acesse a
Resolução nº 050/2018.
Vinculado à
Pró-Reitoria de Ensino (Proen), o NAE é um órgão de caráter permanente e natureza multidisciplinar, que realiza o acompanhamento educacional dos estudantes público-alvo da educação especial (Paee), que inclui pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação, e com necessidades educacionais específicas (NEE).
Segundo a coordenadora do NAE, Rose Clér Estivalete Beche, a regulamentação do órgão é resultado dos debates e reflexões realizados desde 2017, no âmbito da
comissão criada com essa finalidade e com a participação da comunidade acadêmica.
Contribuições
Diretores de Ensino, docentes e técnicos da universidade contribuíram na construção do documento, que oficializa a criação do NAE, estabelece atribuições, define o público-alvo e indica critérios para o atendimento.
Rose Clér destaca a importância da resolução: "A institucionalização do núcleo visa garantir aos alunos público-alvo condições de sucesso na universidade. Para além da legalidade, cabe à Udesc, como instituição pública que produz conhecimentos, vencer as barreiras atitudinais, oportunizando de forma equânime o acesso e a permanência de todos no espaço da instituição".
Ações em 2018
No início deste ano, o NAE iniciou suas atividades realizando o levantamento dos alunos que pertencem ao público-alvo. A apuração foi feita por meio da autodeclaração dos estudantes, durante o processo de matrícula dos calouros e de rematrícula dos veteranos. O
mapeamento realizado no primeiro semestre apurou que 444 alunos de graduação se enquadraram nesse perfil.
As características identificadas entre os acadêmicos incluem: deficiência auditiva, surdez, baixa visão, cegueira, deficiência física, deficiência mental, deficiência múltipla, autismo, déficit de atenção por hiperatividade, esquizofrenia, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, superdotação e dificuldade de aprendizagem.
No segundo semestre, o número de acadêmicos que se declararam Paee e/ou NEE subiu para 546, dos quais 16, de sete unidades, em Florianópolis, Lages e Joinville, solicitaram apoio ao núcleo para o percurso acadêmico.
Acompanhamento
Frente às demandas, a coordenadora do NAE visitou os centros para realizar, com as chefias de departamento, entrevistas com os alunos, a fim de tomar conhecimento das necessidades e auxiliar no planejamento de ações que considerem singularidades. Foi iniciado, assim, um processo de acompanhamento desses estudantes.
Também em parceria com os departamentos, o NAE orientou docentes que ministram disciplinas para alunos do público-alvo, sugerindo encaminhamentos, recursos de acessibilidade e estratégias pedagógicas, com intuito de minimizar as dificuldades vivenciadas no processo de ensino e aprendizagem.
Capacitação de bolsistas
Outra ação do órgão foi a oferta de um curso online de capacitação para estudantes interessados em desenvolver atividades junto aos acadêmicos atendidos pelo NAE, com vista a auxiliar na promoção da acessibilidade educacional de seu público-alvo.
Nesse sentido, a Udesc disponibilizou 20 bolsas de acessibilidade, aprovadas pelo Conselho de Administração (Consad) por meio da
Resolução nº 002/2018.
"Neste semestre, o NAE selecionou três estudantes bolsistas que, após realizarem o curso de capacitação, passaram a atuar junto aos alunos atendidos, auxiliando nos deslocamentos, apoiando na digitação de textos e pesquisas, oportunizando maior autonomia a esses acadêmicos", relata Rose Clér.
Núcleos setoriais
Considerando a estrutura multicampi da universidade, a resolução do Consuni também prevê que sejam criados NAEs setoriais em cada unidade, conforme demanda, para fortalecer as ações inclusivas e atender com mais eficiência e qualidade os alunos do público-alvo.
Rose Clér destaca que "cabe ao NAE orientar e dar suporte para que os centros da Udesc se fortaleçam no atendimento dos alunos com especificidades educacionais, garantindo condições de permanência e expressão plena do potencial do estudante durante o processo de ensino e aprendizagem, assegurando a sua inclusão na universidade".
Segundo a coordenadora, o órgão tem realizado reuniões nas unidades e elaborou um documento com orientações para implementação dos núcleos setoriais, de modo que eles compartilhem princípios e perspectivas de atuação, agindo de forma integrada ao NAE Central.
Formação continuada
A pró-reitora de Ensino da Udesc, Soraia Cristina Tonon da Luz, ressalta que três centros de ensino (
Faed e
Cead, em Florianópolis, e
Cesfi, em Balneário Camboriú) já contam com núcleos setoriais.
Para Soraia, a criação do NAE é um marco para o ensino de graduação na Udesc, que deve fortalecer os núcleos já existentes e dar suporte a sua estruturação nos demais centros. "É preciso vencer as barreiras atitudinais e investir em formação continuada na temática inclusão no ensino superior", afirma a pró-reitora.
A implementação do NAE é uma ação do projeto Acolhe Udesc, previsto no
Plano de Gestão 2016-2020, e também atende recomendações indicadas no
Relatório de Avaliação Institucional 2016.
Mais informações
Mais informações podem ser obtidas com o NAE pelos telefones (48) 3664-8420 e 3664-8431, das 13h às 19h, e pelo e-mail
nae@udesc.br.
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