Materiais foram lançados no aniversário do
antropólogo Franklin Cascaes - Arte: Divulgação
Nesta sexta-feira, 16, o Museu da Escola Catarinense (Mesc), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), e a Associação FloripAmanhã lançaram livro digital e vídeo com registros do 1º Grande Baile Místico, realizado em outubro de 2019 para valorizar e divulgar o folclore da Ilha de Santa Catarina. Acesse os materiais.
A segunda edição do Grande Baile Místico estava prevista para ocorrer neste mês, mas foi transferida para outubro do ano que vem em virtude da pandemia de Covid-19. Para não deixar a data passar em branco, os organizadores fizeram questão de lançar o livro e o vídeo nessa data.
Este 16 de outubro, além de ser uma sexta-feira de lua nova, é aniversário do "bruxo" Franklin Cascaes (1908-1983), antropólogo, escritor, gravurista e pesquisador da cultura açoriana que retratou com sensibilidade bruxas, boitatás, lobisomens e outros seres mitológicos da Ilha.
Sobre o evento
Uma das organizadoras do livro, a professora de Comunicação Bebel Orofino, conta que a primeira conversa sobre o Grande Baile Místico ocorreu entre ela, o escritor Laudelino Sardá e o antropólogo Gelci José Coelho, o Peninha, em 2018.
"Sardá falou sobre a Revolução Federalista, episódio no qual mais de 200 pessoas foram fuziladas na Ilha de Anhatomirim a mando do general-presidente Floriano Peixoto e levou à mudança do nome da cidade de Nossa Senhora do Desterro para Florianópolis", conta Bebel.
Segundo a professora, Peninha lembrou que Cascaes jamais havia assinado o nome atual da capital de Santa Catarina nas suas obras e "escrevia sempre Nossa Senhora do Desterro". Bebel conta que o projeto surgiu a partir dessa conversa e do desejo de conscientizar as pessoas sobre o passado local.
Primeira edição
Na primeira edição do evento, o objetivo era "levar música, dança e cor às ruas do Centro Histórico", relata a professora. A primeira parte do Baile Místico de 2019 foi uma homenagem solene aos mortos de Anhatomirim, seguida do momento festivo.
Dois contos inspiraram o cortejo alegórico: o "Baile das Bruxas em Itaguaçu", de Peninha, e a "Festa das Bruxas numa tarrafa de pescaria", de Cascaes.
Para a segunda edição, a ideia da comissão organizadora é prestar homenagem a Ernesto Meyer Filho (1919-1991), artista plástico que tinha os galos fantásticos como um dos temas preferidos da sua obra.
Livro e vídeo
Produzido pela Editora Udesc, o livro tem 132 página e foi organizado por Bebel e pela professora Vera Collaço, do Centro de Artes (Ceart), apresentando uma síntese do evento de 2019.
Já o vídeo foi editado por Fernando Pereira Oliveira e mostra uma coletânea de depoimentos que relatam a emoção, a alegria e a surpresa que marcaram a primeira edição do evento. Confira o vídeo.
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