Vídeo sobre pôr do sol tem tradução em Libras feita
pela universidade estadual - Imagem: Reprodução
Três novos vídeos foram publicados no canal do YouTube do projeto de extensão A Cidade Falada, iniciativa do Centro de Educação Superior da Região Sul (Ceres), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Laguna, que busca, entre outros objetivos, promover a inclusão de pessoas com deficiência.
Dois vídeos abordam mobilidade e acessibilidade, com a narração de textos da professora Carolina Stolf Silveira, que atua no Departamento de Arquitetura e Urbanismo e é a idealizadora e a coordenadora do projeto.
O vídeo "A cidade para todos" visa marcar o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, que é comemorado em 21 de setembro. Já o vídeo "Se essa rua fosse minha" reforça a importância do Dia Mundial Sem Carro, realizado em 22 de setembro.
Tradução em Libras
O terceiro vídeo divulgado tem tradução em Libras e é sobre aspectos naturais observados no pôr do sol visto em frente à Lagoa Santo Antônio dos Anjos, em Laguna. Ele foi produzido em comemoração ao Dia Nacional do Surdo, celebrado em 26 de setembro.
Esse vídeo é o primeiro com intérprete em Libras a ser publicado no canal. A intérprete é a tradutora e professora de Libras Taiana Beche Estivalete, que atua junto ao Laboratório de Educação Inclusiva (Ledi), do Centro de Educação a Distância (Cead), coordenado pela professora Geisa Letícia Kempfer Böck.
Acessibilidade
Carolina destaca que a acessibilidade diz respeito a todos nós. "Todas as pessoas, em algum momento de suas vidas, podem enfrentar restrições do corpo físico, como uma perna quebrada, por exemplo."
Para a urbanista, as cidades brasileiras apresentam verdadeiras armadilhas: calçadas com buracos, desníveis constantes e obstáculos que dificultam a locomoção e podem mesmo impedir que algumas pessoas consigam se deslocar com segurança.
Mobilidade
Carolina defende, em texto publicado recentemente, que a rua é pública e, por isso, é lugar de todos nós. Para ela, há um desequilíbrio na organização dos fluxos dos veículos motorizados e não motorizados.
A professora da Udesc ressalta que áreas que poderiam servir para muitas pessoas passarem a pé ou de bicicleta servem apenas de estacionamento para carros no espaço público. "Afinal, precisamos dar mobilidade para as pessoas ou para os veículos?", questiona.
Sobre a professora
Carolina tem graduação, mestrado e doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), com período de doutorado sanduíche na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica.
Na sua trajetória acadêmica, desenvolveu pesquisas de campo abordando espaços públicos urbanos e de transporte de Londres, Bruxelas e Viena.
Em Santa Catarina, atuou em um projeto de pesquisa para implementação de planos e políticas de mobilidade urbana na Região Metropolitana de Florianópolis. Sua participação envolveu a especificação dos requisitos de acessibilidade no transporte coletivo.
A professora também trabalhou junto ao Instituto de Pesquisa e Planejamento para o Desenvolvimento Sustentável de Joinville (Ippuj), no desenvolvimento do plano de mobilidade e do primeiro plano diretor de transportes ativos do País, para bicicleta e a pé.
Mais informações
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail carolina.silveira@udesc.br.
Assessoria de Comunicação da Udesc
E-mail: comunicacao@udesc.br
Telefones: (48) 3664-7935/8010
