Batata e cebola, que tiveram colheita prejudicada pela chuva no mês
anterior, novamente tiveram alta nos preços
Os preços dos produtos e serviços consumidos pelas famílias de Florianópolis subiram 0,37% em novembro, índice um pouco maior que os 0,30% do mês anterior. O maior impacto na inflação mensal se deu pela alta dos alimentos. Artigos de residência, itens de vestuário e produtos e serviços ligados a saúde e cuidados pessoais também ficaram mais caros. Os preços ligados aos transportes tiveram uma alta discreta e os demais grupos ficaram estáveis.
Com o índice de novembro, a inflação registrada ao longo de 2023 em Florianópolis está em 4,92%. Já o índice acumulado em 12 meses recuou um pouco, para 5,49%.
Os números são do
Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do
Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da
Fundação Esag (Fesag).
Alimentação
O grupo Alimentos e Bebidas, que corresponde a mais de um quinto do orçamento das famílias teve alta de 0,36% em novembro – uma desaceleração em relação a outubro, quando a inflação dos alimentos foi de 0,74%. A alta foi maior nos alimentos comprados em feiras e supermercados para consumo em casa (0,47%). Já as refeições consumidas em lanchonetes e restaurantes subiram menos (0,18%).
A maior alta foi a dos tubérculos, raízes e legumes (6,5%), com destaque para cebola de cabeça (13,1%) e batata inglesa (8,3%) – que já haviam subido em outubro, com a produção afetada pela chuva. Também ficaram mais caras hortaliças e verduras (2,6%), cereais, leguminosas e oleaginosas (1,9%), pescados (1,4%), açúcares e derivados (1,4%), enlatados e conservas (1,2%), aves e ovos (0,9%), carnes (0,8%), panificados (0,8%) e bebidas e infusões (0,7%).
Por outro lado, leite e derivados ficaram mais baratos (-1,5%), com destaque para a queda no preço do leite longa vida (-3,8%). Também houve redução nos preços das frutas (0,8%), em especial do morango (-9,7%), melancia (-4,8%) e maçã (-4,4%). Caíram ainda os preços do sal e condimentos (-0,6%), farinhas, féculas e massas (-0,6%), carnes e peixes industrializados (-0,3%) e óleos e gorduras (-0,2%).
Transportes e outros
Os preços ligados aos transportes (que tem um peso no orçamento das famílias quase igual ao da alimentação) tiveram uma alta discreta em novembro (menos de 0,1%). Essa variação foi puxada principalmente por um aumento de 0,3% nos preços dos combustíveis para automóveis. Por outro lado, as passagens aéreas, que vinham de uma alta forte em outubro, ficaram mais baratas em novembro (-3,3%).
Além de alimentação e transportes, houve alta em novembro dos preços dos artigos de residência (1,4%), vestuário (0,6%) e produtos e serviços ligados a saúde e cuidados pessoais (1,2%). Já os preços ligados a habitação, despesas pessoais, educação e serviços de comunicação ficaram praticamente estáveis.
Sobre o Índice de Custo de Vida
O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 30 de novembro. O índice é publicado regularmente há mais de 50 anos.
A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.
Mais informações podem ser obtidas em
udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os
boletins mensais (desde 2010) e as
séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.
Núcleo de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
E-mail:
comunicacao.esag@udesc.br