"Somos o que fazemos, mas somos, principalmente,
o que fazemos para mudar o que somos."
(Eduardo Galeano)
Os desafios atuais no país, agravados pela pandemia e pela gestão de governos impactam diretamente sobre nossa instituição, trabalho e carreiras e sobre as atividades de formação de estudantes.
Nas últimas décadas o modelo neoliberal, dentro da lógica de flexibilização vem destruindo as artérias centrais do Estado, impondo lógicas de organização que impactam e reduzem os espaços de participação, os recursos públicos para áreas consideradas centrais na promoção de políticas públicas inclusivas, o direito à educação de qualidade e o direito a saúde, moradia e segurança.
Na prática, a destruição dos serviços públicos, dos direitos individuais e coletivos, o fim de carreiras públicas e a imposição da terceirização dos serviços em diversas áreas, dentre elas, a educação, impactam a forma de organização e da vida em sociedade.
Não obstante o esforço da sociedade civil organizada, dos sindicatos, das universidades, as reformas estruturais desses últimos anos tem imposto aos profissionais da educação, em particular, a desvalorização das carreiras e a precarização das condições de trabalho, o que tem levado muitos profissionais ao adoecimento.
Esta realidade tem exigido de todos nós muitos esforços enquanto coletividade na discussão, proposição e defesa de alternativas que venham fazer frente às ações conjuntas de uma Universidade e de um Centro de Ciências Humanas e da Educação, públicos, com a oferta dos cursos com qualidade e socialmente referenciados.
A participação nos espaços de discussões, como colegiados, fóruns, entidades representativas, é fundamental para manter, ampliar e constituir um movimento de resistência à lógica neoliberal no ensino superior, tanto na graduação, quanto na pós-graduação.
A vida coletiva exige diálogo, e este é um dos pilares fundamentais da democracia, do compromisso com o fortalecimento dos espaços públicos em prol de objetivos comuns, e que atendam a maioria da população, sobretudo os excluídos socialmente, àqueles que estão à margem das condições de bem-estar humano.
A história do Centro e as pessoas que nele trabalham, estudam e convivem, os cursos de graduação e de pós-graduação, a pesquisa e a extensão que formam excelentes profissionais, os espaços coletivos de trabalho, a capacidade de viver juntos, as individualidades, as sociabilidades para lutar por um mundo melhor, nos entrelaçam, nos congraçam e nos mostram o quão é importante respeitar as diferenças desta identidade que nos torna mais pessoas, mais humanos e conscientes de nosso compromisso com todos/as. Por isto, Somos FAED.
Somos FAED porque acreditamos que continuaremos a fazer o ensino, a pesquisa e a extensão com qualidade; Somos FAED porque as bases da formação se fundamentam em princípios éticos, de respeito, de liberdade, de justiça social com iguais condições à todas as pessoas; Somos FAED, porque acreditamos em percursos curriculares que estejam voltados para as culturas juvenis, porque valorizamos o conhecimento científico e as formas populares em sua apropriação e socialização; Somos FAED porque nesses momentos tenebrosos de injustiças ninguém solta a mão de ninguém; Somos FAED porque lutaremos juntos e acreditamos que a formação das pessoas seja o impulso fundamental para a constituição de uma vida digna; Somos FAED porque os sonhos e utopias coletivas são fundamentais para nossas vidas; Somos FAED porque queremos fazer o melhor em todas as áreas de conhecimentos e de atuação.
Ao longo dos últimos anos, vimos plantando árvores e flores para embelezar nossos espaços de trabalho na FAED; essas árvores vêm gerando sabores, saberes e aprendizagens coletivas, nos movimentando numa estética existencial. Desde suas raízes às folhas, frutos e flores, num amplo processo de fotossíntese imaginária, acreditamos que outro mundo é possível. Para tanto, é fundamental a dedicação e disposição e compromisso de cada um e cada uma num amplo processo de trabalho coletivo com as diferenças e diversidades que nos constituem.
Por essas razões, nossa candidatura à Direção Geral da FAED, pretende contribuir para melhorar a formação das pessoas, aprimorar os modos de gestão, investir em infraestrutura, incentivar a participação estudantil, intensificar os processos de comunicação com a sociedade, as maneiras de apoiar e orientar àqueles que mais demandarem, produzindo conhecimentos crítico.
Pretendemos dar continuidade a realização de um planejamento estratégico para o Centro, com vistas a revisar e ampliar as metas e objetivos de gestão para o período de 2021 a 2025, envolvendo todos os segmentos da FAED.
Nosso trabalho se pautará pela realização de um diagnóstico estratégico, com análise do ambiente interno e externo, com base nos seguintes eixos:
Assim, a árvore que nos representa, que nos aproxima, indica o sentido da relação, da organicidade e do compromisso com os outros. As raízes e o tronco revelam e sustentam a sabedoria, o conhecimento que nos identifica e abre novos espaços, novas possibilidades e maneiras de olhar e ver o mundo.
Venha conosco para construir as propostas de gestão coletivamente.
Por isto, “Somos FAED”.
Celso João Carminati
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