Em 24 de outubro, às 19h, será realizada uma palestra com a historiadora italiana Gabriella Seveso, autora do livro Maria Montessori – Uma pedagoga que atravessa fronteiras; seguida de um debate sobre a obra e do lançamento da edição brasileira.
O evento ocorrerá de forma híbrida, com transmissão pelo YouTube e tradução simultânea; e será realizado presencialmente no Laboratório de Informática da Udesc Cead, no Bairro Itacorubi, em Florianópolis.
Gabriela é professora de História da Pedagogia na Universidade de Estudos de Milão-Bicocca, no norte da Itália.
A apresentação da palestra e o lançamento do livro serão feitos pelo professor Norberto Dallabrida, da Udesc Cead; e a tradução simultânea, pelo professor Andrey José Taffner Fraga, do Centro de Educação Superior do Alto Vale do Itajaí (Ceavi), em Ibirama.
Traduzida do italiano e lançada pela Editora Appris, a biografia da pedagoga italiana é "especialmente destinada a educadores e estudantes de Pedagogia que buscam conhecer a vida de Maria Montessori e seu revolucionário método de ensino para crianças, que têm ressonância no mundo atual".
A obra "reflete sobre o método que ela criou, mas também analisa a sua militância em prol dos direitos sociais das mulheres e das crianças", afirma Dallabrida.
O professor coordenou a edição brasileira do livro e é responsável pela tradução, pela revisão técnica e pelo posfácio.
"O livro começa com a participação de Montessori no primeiro congresso das mulheres europeias em Berlim, em 1896, no qual ela representou a associação de mulheres italianas" conta o docente.
Confira a descrição da obra:
"Publicado na Itália, na coleção “Grandes mulheres da história”, do prestigioso jornal Corriere della Sera, Maria Montessori: uma pedagoga que atravessa fronteiras é uma instigante biografia dividida em duas partes: uma concisa descrição da vida privada e uma desdobrada análise da vida pública.
A primeira parte apresenta a experiência familiar e escolar de Maria Montessori, que nasceu em 1870 e, com cinco anos, passou a residir em Roma. Explora o ingresso da biografada na Faculdade de Medicina, sendo a única mulher da turma e, por isso, alvo de preconceitos de gênero. Como acadêmica, interessava-se por causas sociais de problemas de saúde e, logo após a sua formatura, passou a tratar e a formar crianças com deficiências.
A outra parte procura compreender a intensa vida pública de Maria Montessori como militante em defesa dos direitos políticos e sociais das mulheres e, especialmente, na condição de formuladora um método de ensino inovador. A instituição fundadora dessa nova proposta pedagógica foi a Casa dei Bambini, estabelecida, em 1907, em um bairro socialmente vulnerável de Roma, que oferecia materiais didáticos específicos para as crianças aprenderem com autonomia.
Assim, o método Montessori inseriu-se no movimento da Educação Nova, que se colocava no início do século XX e tinha várias matrizes pedagógicas, entre as quais as de John Dewey e Ovídio Decroly. A pioneira Casa dei Bambini atraiu a atenção imediata de educadores italianos e estrangeiros, de modo que o método Montessori teve disseminação na Itália e em outros países, com destaque para EUA, Espanha, Holanda e Índia.
A circulação transnacional do método Montessori foi impulsionada pela tradução dos livros e artigos, por visitas e estadas da sua autora em vários países, bem como pela peregrinação de educadores na Itália para conhecer as Case dei Bambini e participar dos congressos internacionais dessa proposta pedagógica."
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