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O Programa de Pós-Graduação em Design de Vestuário e Moda (
PPGModa), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), promove nesta segunda-feira, 23, uma aula magna e uma palestra com Enrico Cietta, economista e criador da metodologia internacional HCP (Hybrid Creative Product ou Produto Criativo Híbrido).
Essa metodologia foi disseminada em seus livros “A Revolução do Fast Fashion” (2012) e “A Economia da Moda” (2017), publicados em vários países, e por meio de consultorias realizadas pelo palestrante para empresas de moda internacionais.
Aula Magna
Com o tema “A Moda não é Economia Criativa: porque precisamos nos libertar dessa ideia para entender a moda”, a aula magna ocorre às 11h no auditório do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag).
Tendo como público os mestrandos, graduandos, comunidade acadêmica e interessados da comunidade externa, o evento é gratuito e aberto, sem necessidade de inscrição prévia.
Palestra
Com o tema “A Economia da Moda: Porque um bom modelo de negócio vale mais do que uma boa coleção”, a palestra ocorre às 13h30, na sala Básica 1 do Centro de Artes (Ceart). A entrada é gratuita, com inscrições no local.
Sobre o tema
"A abordagem teórica da economia criativa é extremamente útil para quem quiser entender como a moda funciona hoje em dia. Muitas das dúvidas sobre a evolução do setor da moda são explicadas exatamente nessa teoria e, contudo, ela raramente é usada de forma correta.
Existe uma grande dificuldade em definir precisamente os produtos culturais/criativos. Em primeiro lugar, porque não existe uma atividade que seja puramente cultural ou criativa: em todos os setores existem atividades criativas e atividades não-criativas que se articulam. A relevância do valor imaterial de um bem fez com que alguns produtos manufatureiros seguissem uma nova trajetória: a hibridação. O consumo desses se qualifica tanto por suas características materiais quanto por aquelas sociais e intangíveis.
Com isso, vêm também as consequências, positivas ou negativas, nos processos econômicos necessários para criar, produzir e distribuir. Em essência, isso quer dizer que produzir esses produtos criativos híbridos não é uma questão estritamente industrial nem estritamente imaterial e, por isso, a empresa deve conseguir coordenar simultaneamente duas cadeias (a material e a imaterial), usando um mix de input criativos, parcialmente criativos e não-criativos.
Entender a natureza “cultural/criativa” dos produtos é, na verdade, uma mudança radical no modo de competir das empresas e na maneira de entender o papel de cada profissional no interior da cadeia produtiva. A reflexão sobre o aspecto imaterial é útil para compreender o setor e ajudar as empresas e profissionais a interpretarem os fenômenos do mercado atual."
Assessoria de Comunicação da Udesc Ceart
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