O curso de Enfermagem do
Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), começou a desenvolver neste ano, em Chapecó, um programa de extensão para alertar a população sobre uso de medicamentos e incentivar a adoção de práticas de prevenção de doenças infecciosas.
O programa "Resistência bacteriana, infecções e resíduos de medicamentos: um desafio para os programas de educação permanente" é coordenado pelos professores Arnildo Korb e Leila Zanatta e tem apoio das docentes Kiciosan Bernardi, Júlia Rosseto Marchetti e Daniela Bezerra.
Um grupo de oito acadêmicos de Enfermagem – quatro bolsistas e quatro voluntários – serão treinados para atuar no programa. São eles: Ana Paula Dall Bello, Ana Júlia Sandri, Jonas Faiber, Kéuri Zamban Branchi, Daniela Aparecida dos Santos, Andrieli Schmitz, Demile Regina Carraro e Lucine Furlan de Bona.
As ações da iniciativa, que concidiram com o Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março, serão concentradas em centros de saúde e escolas pública, além da divulgação em mídias locais. "A intenção é mudar os elementos culturais da população sobre o uso de medicamentos e despertar para práticas individuais e coletivas na prevenção de doenças", diz Korb.
Cuidado
Para o professor da Udesc Oeste, o cuidado com o ambiente é fator decisivo na promoção da saúde, especialmente com o consumo da água. "Certas doenças surgem a partir do contato da população com os micro-organismos disseminados e potencializados pelos resíduos químicos descartados inadequadamente,como os medicamentos", alerta Korb.
Ele também observa que resíduos encontrados em efluentes de estações de tratamento de esgotos, em águas usadas para abastecimento, subterrâneas ou superficiais são provas dessa má utilização, que, além de prejudicial à saúde, comprometem a vida de organismos terrestres e aquáticos.
Consumo indiscriminado
Segundo o professor, resíduos de medicamentos presentes no meio ambiente podem ser resultados do consumo indiscriminado de remédios pela população, de sobras descartadas em lixeiras comuns, em vasos sanitários ou na água corrente, além da deposição em ambientes abertos como no fundo de quintal.
"Os resíduos de antimicrobianos podem promover a seleção de bactérias já resistentes, potencializando riscos para a saúde humana e animal", diz. O meio ambiente torna-se, dessa forma, o principal reservatório de genes de resistência e disseminação, principalmente dos que são oriundos de instituições de saúde, como os hospitais.
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