Erva-mate é uma das plantas que serão estudadas
pela universidade até 2018 - Foto: Roberto Fiadone
O curso de Engenharia de Alimentos do
Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), está desenvolvendo uma pesquisa sobre a possibilidade de obtenção do bioetanol a partir dos bagaços da erva-mate e do malte para ser utilizado como alternativa energética por indústrias como automotiva, alimentícia, farmacêutica e química. O estudo começou neste ano e ficará pronto em 2018.
O trabalho é coordenado pela professora
Aniela Pinto Kempka e conta com ajuda dos acadêmicos de Engenharia de Alimentos Idivandra Lange da Silva, Gabriele Santolin e Joana Paula Canton.
Também colaboram as professoras Andréa Zilio Dinon, da Udesc Oeste, Rosa Cristina Prestes, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e Selene Maria Ulson de Souza, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e o professor Valter Becegato, do
Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Udesc Lages.
Pesquisa longa
A pesquisa, que está na fase inicial, trabalha atualmente com o resíduo do malte, obtido das indústrias de cerveja da Região Oeste. A fase seguinte, sem data definida, usará o bagaço da erva-mate, também originário de empresas da região.
"A pesquisa é longa e demanda muito trabalho até chegar ao bioetanol", diz a coordenadora do estudo. Segundo Aniela, todo o estudo está sendo custeado com recursos da Udesc.
A docente lembra que Santa Catarina destaca-se na produção e na industrialização dos mais diversos produtos, como alimentos, papel, celulose e têxtil.
"Estas indústrias geram subprodutos, resíduos sólidos e líquidos com altas concentrações de compostos, que podem ser transformados e utilizados como matéria-prima para o processo fermentativo de obtenção do bioetanol", observa.
Viabilidade econômica
A professora da Udesc Oeste afirma também que, se a pesquisa comprovar a obtenção do bioetanol dos bagaços de malte e erva-mate, o biocombustível poderá ser utilizado pela indústria automotiva desde que se comprove sua viabilidade econômica, que será o objetivo de outra fase do estudo.
No Brasil, usa-se a cana de açúcar para a produção do etanol, enquanto os Estados Unidos o fabricam a partir do milho. "Estamos procurando com a pesquisa uma alternativa diferente", declara Aniela, ressaltando também que atualmente o bagaço da erva-mate é utilizado somente como ração animal e o da malte não tem aproveitamento.
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