Grupo desenvolveu aviário com painéis de madeira que
conservam temperatura e umidade - Foto: Divulgação
O Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Lages, foi eleito a Instituição de Ciência e Tecnologia do Agtech Day 2022, concurso promovido pelo Núcleo de Inovação Tecnológica para a Agricultura Familiar (Nita) da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate).
O projeto vencedor foi idealizado pelo professor Rodrigo Terezo e desenvolvido pelo grupo de pesquisa de Engenharia para Biossistemas, composto por alunos e professores de graduação e pós-graduação em Engenharia Florestal. O grupo construiu uma edificação rural com painéis de madeira maciça colada, formando um sistema de construção que dispensa vigas e pilares.
O projeto obteve o primeiro lugar na categoria "Dentro da Porteira", que oferece soluções inovadoras e tecnológicas para a produção agrícola. A premiação acontecerá, de forma online, em 25 de janeiro de 2023, durante o Agtech Summit, evento que debate tendências, gargalos e temas relevantes para orientar o desenvolvimento tecnológico do setor.
Protótipo de aviário é inédito
O experimento coordenado por Terezo ocorreu dentro da universidade, onde o grupo de pesquisa construiu um aviário em escala reduzida. "O aviário com essas placas de madeira se comportou muito melhor que os sistemas convencionais", afirma o professor. "Ele conserva a temperatura e a umidade do ambiente por muito mais tempo", explica ele.
A principal vantagem é a economia com sistemas de controle de temperatura. "Com os painéis, você gasta muito menos energia porque a troca de calor com o ambiente é muito menor", comenta Terezo. "Em Santa Catarina, temos problemas de estiagem, calor e frio extremos. Nestes casos, esse sistema construtivo se dá muito bem porque controla temperatura e umidade", avalia.
Segundo o professor, o protótipo é inédito do País e pioneiro no mundo, em termos de edificações rurais. "Nossa pesquisa está à frente de pesquisas dos Estados Unidos e da Europa, onde ainda não é usado este tipo de placa em construções rurais", salienta o Terezo.
Toda a tecnologia foi desenvolvida usando madeira de reflorestamento. "Usamos pinus de floresta plantada, aqui da Serra Catarinense", conta Terezo. O projeto teve a parceria do professor Carlos Augusto de Paiva Sampaio, do Departamento de Agronomia da Udesc Lages, que atua na área de engenharia agrícola, e fez a avaliação de ambiência e eficiência térmica do protótipo.
Assessoria de Comunicação da Udesc Lages
Jornalista Tatiane Rosa Machado da Silva
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