Mural realizado no FIK 2018 e a placa de identificação.
Foto: Gustavo Pinto de Araújo.
O Centro de Artes (Ceart) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) instalou placas para identificar as duas pinturas murais do centro, realizadas pelas artistas argentinas Vanessa Galdeano e Anali Chanquia, do Projeto Medianeras Murales, durante o Festival Internacional de Arte e Cultura José Luiz Kinceler (FIK) de 2018 e 2020.
A diretora-geral do Ceart, Daiane Dordete, explica que a identificação das obras é importante “tanto para publicização das artistas, do evento no qual a obra foi construída, quanto para o registro, para a memória, para historicizar esse contexto de produção”. Os dois murais foram construídos em oficinas nos FIK, ministradas pelas Medianeras, com a participação de estudantes da Udesc e da comunidade externa. Daiane diz que o processo de produção contribui para a relevância e significado das pinturas: “as obras carregam a vocação pedagógica do nosso centro de ensino no âmbito da formação, não apenas de artistas, designers e estilistas, mas também de professores”.
Para Vanessa e Anali, que pintaram murais em cidades da América Latina, Europa e América do Norte, nas produções do FIK “se percebe a importância do trabalho colaborativo, onde cada um contribuiu para construir algo maior ainda, onde houve intercâmbio de saber entre cores, pincéis, sprays de tinta e conversas”. Em cada edição do festival, as artistas buscaram conhecer mais o Ceart, dando novo significado às paredes do centro.
FIK 2018
A primeira edição do festival homenageou o professor José Luiz Kinceler, e as Medianeras fizeram o mesmo em sua pintura. Elas conheceram as ideias e obras do professor através de leituras, pesquisas e conversas com seus alunos e conhecidos. “Apesar de não termos a possibilidade de conhecê-lo fisicamente, pudemos vivenciar a contribuição de Kinceler e sabemos que ele ainda está presente”, relatam as artistas, que explicam o significado da pintura: “o mural representa um estudante com essa carga cultural da educação, e pode ser apreciado nesse mundo, rodeado de iconografia”.
FIK 2020
A obra da segunda edição foi concebida como uma representação de um objeto escultural. Para homenagear as diversas técnicas de modelagem, Vanessa e Anali construíram uma representação de uma massa de energia que poderia estar em movimento. “É como se o objeto produzisse uma vibração em si mesmo, como fazemos quando criamos arte”, explicam as Medianeras. A pintura é anamórfica, sem forma, que se distorce e muda de acordo com os diferentes pontos de vista em que é observada.
Além disso, as artistas respeitaram a arquitetura da parede do Ceart, o que as levou a integrar na pintura a própria estrutura, a parede e seus mosaicos amarelos. “Esta foi a maneira de abrir uma janela na parede da universidade com a pintura, que mobiliza a energia própria das artes e do lugar onde se encontra”, relatam.
Mais informações sobre o FIK 2018 e uma entrevista com as Medianeras você confere na
Hall Ceart 05. Para saber mais sobre como foi o FIK 2020, acesse
este link e acesse a edição
Hall Ceart 07, que conta com uma matéria sobre o evento.
Acompanhe o trabalho de Vanessa e Anali no site das
Medianeras Murales.
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