Na foto, o professor Jorge Luiz Rodrigues Filho, da Udesc Laguna,
assina documento referente à contratação do projeto Biopesca SC.
Da esquerda para direita, o presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto;
o professor Jorge Luiz Rodrigues Filho; o governador Jorginho Mello,
o secretário da Aquicultura e Pesca de SC, Tiago Bolan Frigo;
e o reitor da Udesc, Dilmar Baretta. Foto: Div.
A Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do
Centro de Educação Superior da Região Sul (Ceres), de Laguna, é a instituição coordenadora do Projeto Biologia Populacional de Recursos Pesqueiros Catarinenses (Biopesca SC), que analisará as principais espécies pescadas em Santa Catarina, como a tainha, a anchova, o peixe-espada, os camarões rosa e branco, entre outros recursos pesqueiros.
O projeto, selecionado recentemente em edital do Programa de Cooperação para Estudo da Biologia Populacional de Recursos Pesqueiros Catarinenses, da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), foi oficialmente lançado na última semana, em 23 de janeiro, na sede da Secretaria Estadual de Administração, em Florianópolis, durante evento de assinatura de acordo entre o Governo de Santa Catarina e a Univali para o intercâmbio de informações sobre a pesca no Estado.
Estiveram presentes o governador Jorginho Mello, o secretário da Aquicultura e Pesca de SC, Tiago Bolan Frigo, o reitor da Udesc, Dilmar Baretta, o presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto, o coordenador do projeto Biopesca SC e professor da Udesc Laguna, Jorge Luiz Rodrigues Filho, entre outras autoridades.
A pesquisa terá a duração de dois anos, iniciando agora em 2024 e concluindo em 2026, com coordenação da Udesc e em consórcio com outras três instituições de ensino superior catarinenses: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e Universidade do Vale do Itajaí (Univali).
Na Udesc Laguna, o projeto está vinculado ao Laboratório de Ecologia Aplicada e Conservação (Leac) e ao Grupo de Pesquisa em Análise e Conservação da Biodiversidade, contando também com o envolvimento dos professores David Valença Dantas e Eduardo G. Gentil de Farias, ambos do Laboratório de Gestão, Ecologia e Tecnologia Marinha (GTMar).
“Iremos consolidar uma rede de colaboração científica importante, capacitar pesquisadores e gerar resultados que possibilitarão compreender melhor a história de vida das espécies/recursos capturados pelas pescarias catarinenses”, conta o professor Jorge Luiz Rodrigues Filho.
Pesquisa estudará espécies pescadas em Santa Catarina
De abrangência estadual, o estudo englobará espécies capturadas em cincos setores litorâneos catarinenses: norte, centro-norte, centro, centro-sul e sul. O professor Jorge Luiz explica que alguns recursos pesqueiros, como a tainha, corvina e anchova, serão estudados em nível estadual, com amostras obtidas em no mínimo três setores do litoral catarinense.
Já outras espécies serão avaliadas regionalmente, como os camarões rosa e branco (setor litorâneo centro-sul e sul), peixe-espada (setor litorâneo central e centro-norte) e as espécies de peixe guaivira e sororoca (setor litorâneo norte).
Além disto, serão também realizadas capturas de organismos em fases jovens no Sistema Estuarino de Laguna, ecossistema reconhecido por ser área de berçário e crescimento de muitas das espécies estudadas.
O professor explica que os animais capturados serão transportados para os Laboratórios da Udesc, Univali, UFSC e IFSC, para registro de medidas corporais e pesagem, bem como observação e análise de órgãos e tecidos reprodutivos e digestivos. Assim, a partir destes dados, serão estimados parâmetros de crescimento, mortalidade, reprodução e alimentação das espécies estudadas.
“Importante frisar que muitos dos recursos estudados não são somente alvo de pescarias catarinenses, mas também de frotas de outros estados e também de outros países, como Argentina e Uruguai. Desta forma, gerar conhecimentos de parâmetros associados ao crescimento, à mortalidade, à reprodução e à alimentação de recursos pesqueiros é a base da ciência pesqueira, sendo tais informações vitais para a conservação e manejo das populações capturadas, bem como para subsidiar a gestão da atividade pesqueira”, comenta Jorge Luiz.
O estudo conta com recursos de cerca de R$ 1,7 milhão da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), por meio de seleção no edital do Programa de Cooperação para Estudo da Biologia Populacional de Recursos Pesqueiros Catarinenses.
“O edital da Fapesc é inovador e tem grande importância para o desenvolvimento regional catarinense, pelo fato de a atividade pesqueira envolver, direta e indiretamente, distintos e milhares de atores sociais no estado e ter elevada importância econômica, social e cultural para estes", complementa o coordenador do estudo.
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