Stella Folks é formada por Carlos Jr. (guitarra),
Tchaionny Xavier (bateria), Thiago Mates (vocal) e
Bernardo Lajus (guitarra) - Foto: Divulgação
Na próxima quinta-feira, 7, às 12h, a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) realizará a 28ª edição do palco externo do Misturada Musical, com show da banda catarinense Stella Folks.
Gratuita e aberta ao público, a apresentação ocorrerá no Hall do Departamento das Artes Visuais, na sede do Campus I da Udesc, no Bairro Itacorubi, em Florianópolis.
O grupo apresenta um repertório de músicas autorais, com influências do indie rock e do rock clássico. Com canções em português, tem inspiração em artistas como a banda Los Hermanos e o cantor Cazuza.
Para o o coordenador de Cultura da Udesc, Ivan Tonon, a Stella Folks "é uma das bandas que renovam a cena do rock em Santa Catarina".
Criada em 2016, a banda produziu seu primeiro single, “Despertador”, em 2017. Em fevereiro deste ano, lançou seu primeiro álbum, também chamado "Stella Folks" e produzido pela AML Estúdio, em Florianópolis.
O palco externo do Misturada Musical é resultado da parceria entre a Coordenadoria de Cultura da Udesc e o programa de extensão Udesc Musical, coordenado pelo professor João Titton, do Centro de Artes (Ceart). As apresentações ocorrem nas últimas quintas-feiras de cada mês.
Confira a entrevista com Thiago Mates, vocalista da banda.
Como a banda se formou? Vocês já se conheciam antes?
Conheço o Bernardo há muito tempo. Eu fazia aula de violão no colégio que a gente estudava, devia ter uns 13 anos e ele uns 10, na época. Depois, fiz amizade com o irmão dele e nós acabamos nos conhecendo. Tocamos por muito tempo juntos, em uma banda cover chamada “Super Nova”.
Quais artistas inspiram vocês? Nacionais e internacionais?
Legião Urbana, Barão Vermelho, Cazuza, Beatles e uma banda que a gente mega ama e idolatra é o Oasis também. Além das bandas daqui da cidade, a gente gosta muito da Aerocirco.
Em quais lugares vocês costumam se apresentar?
Então, a banda fez poucos shows. A gente já tocou em bares e também na Semana do Rock Catarinense. Alguns bares têm uma abertura bem legal pras bandas autorais aqui da cidade.
Vocês trabalham nas letras em grupo? Ou algum integrante da banda é o letrista?
O Bernardo é o principal compositor da banda, mas eu também componho. Geralmente a gente faz tudo sozinho, voz e violão. Quando eu quero terminar uma música, mostro pro Bernardo e a gente conclui junto e vice e versa, ele me manda e eu pontuo. O bacana é que temos muita afinidade musical e pessoal. Somos muito amigos, isso acaba facilitando bastante as coisas.
Como foi o processo criativo do álbum self-entitled? Quais foram os sons e mensagens que vocês quiseram trazer pra esse álbum de estréia?
Nas sete músicas do álbum, quisemos passar o que a gente vive, o que sentimos. Basicamente, são nossas experiências pessoais. E o álbum imprime muito o que a banda ouve, a gente gosta bastante de The Strokes e Arctic Monkeys. O Stella Folks tem uma pitada de indie rock, também um pouco de rock clássico e uma pega bem nacional. Acho que isso tudo em um liquidificador que gerou o som da Stella Folks (risos).
Quando tempo durou a produção do álbum?
Nós gravamos no AML Estúdio, com Alexei Leão, que é um produtor fantástico, conseguiu extrair muito de nós e das músicas. Despertador, por exemplo, que é o primeiro single da banda, foi composto em 2016 e gravado em 2017. “Em Alemão” deve ser de 2015 ou 2014. A gente vêm há alguns anos compondo, produzindo e escrevendo, e só agora a gente conseguiu concretizar isso. De maio à agosto fizemos uma pré-produção, o álbum todo foi gravado em setembro de 2018 e lançado agora em fevereiro.
Algum dos integrantes já estudou na Udesc?
Infelizmente não. Tenho muita vontade de cursar música na universidade. Um dia vou fazer.
Como é fazer um som autoral no cenário de Santa Catarina? Quais são as dificuldades?
É difícil fazer som autoral aqui e apostar em só tocar isso. Primeiro que os bares não tem comprometimento artístico, cultural. São poucos lugares que tem interesse em música de qualidade. Ao mesmo tempo, a rádio, a televisão e os jornais não tem mais o caderno da cultura. Estamos em uma país que não tem mais Ministério da Cultura, tudo acaba sendo uma bola de neve. A gente está correndo contra a maré, mas temos uma satisfação muito grande em fazer o que a gente faz.
Qual a importância pra você de algo como o Mistura Musical na comunidade acadêmica?
Eu acho que a importância vai bem ao encontro do que eu falei sobre a falta de interesse em conteúdo artístico e produção local, por aquele produto musical quase artesanal aqui de Floripa. Eu acho que a Misturada vem na contramão disso tudo. São poucas as pessoas que se interessam pelo novo, pelo o que é independente e produzido aqui. Eu acho que por ser na Udesc Ceart, a gente vai tocar para quem admira e consome arte, gosta de poesia, música. Então, quanto mais a Udesc nutrir essa relação, melhor para todo mundo.
Mais informações
Mais informações podem ser obtidas com a Coordenadoria de Cultura da Udesc pelo e-mail ccult.reitoria@udesc.br e pelo telefone (48) 3664-8141.
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