Estudantes de licenciaturas relataram experiências de
iniciação docente - Foto: Isadora Vicente/Secom Udesc
A
Pró-Reitoria de Ensino (Proen), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), promoveu nesta segunda-feira, 13, o 4º Seminário do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), no Auditório Tito Sena, do
Centro de Ciências Humanas e da Educação (Faed), em Florianópolis.
A programação teve uma conferência com a professora
Alessandra Santos de Assis, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), exposição de pôsteres de projetos e mesa de conversa com temas ligados ao Pibid, que aperfeiçoa e valoriza a formação docente para a educação básica.
Com o tema "Contribuições e impactos do Pibid na formação e na prática docente", o evento estimulou a troca de experiências sobre iniciação docente entre professores de licenciaturas, supervisores de escolas da rede pública estadual, alunos bolsistas e estagiários.
"O Pibid é fundamental para a formação do professor no Brasil e repercute na vida do aluno de licenciatura e da escola. O evento tem uma importância muito grande frente à situação frágil em que se encontra o programa", explica a pró-reitora de Ensino da Udesc, Soraia Tonon da Luz.
A pró-reitora destaca que o prazo do último edital terminará em fevereiro de 2018 e o governo federal ainda não lançou outro. Por isso, os integrantes do Pibid da Udesc coletaram mais de 700 assinaturas de representantes e alunos das escolas em favor do programa, documento que será entregue ao
Ministério da Educação (MEC) e à
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Atualmente, o programa na universidade tem 163 estudantes bolsistas e 15 professores coordenadores de área, além de 27 supervisores em escolas da rede pública.
Importante para docentes e estudantes
Foi no Pibid que o acadêmico Fabrício Luiz do Nascimento, da Licenciatura em Educação Física do
Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (Cefid), aprimorou a maneira de lidar com estudantes e agir no ambiente escolar, além de poder criar planejamentos de aulas.
"Quando entrei no curso, ainda não tinha a identidade de professor, as disciplinas eram bem teóricas. A partir do momento que entrei no Pibid, comecei a ter a experiência de ser docente", lembra.
Quem também enriqueceu os conhecimentos aprendidos em sala de aula com o programa foi a estudante Isadora Jorge Velloso, da Licenciatura em Química do
Centro de Ciências Tecnológicas (CCT).
Atualmente cursando a quinta fase do curso, a acadêmica entrou no programa neste semestre e aprendeu muito tendo que criar projetos e trabalhar em grupo.
"A gente passa para os professores e alunos, eles passam para a gente, e quem está no programa há um tempo abraça quem está entrando. É uma troca de conhecimento muito grande", diz.
Formas diferentes de ensino
João Felipe Alves de Morais, que cursa a quinta fase de Licenciatura em História na Udesc Faed, foi um dos acadêmicos que falou sobre a experiência no Pibid durante a programação. Para o futuro professor, é preciso desenvolver projetos diferentes que tragam os alunos para a educação.
"Depois de passar pelo programa, vemos que as aulas não são só aquela coisa de jogar conteúdo, fazer a prova e o aluno que aprenda. Precisamos buscar outras formas de incentivá-los e trazê-los para as salas. Projetos com games, saídas de campo, trazer para a história local para que os estudantes aprendam sobre a própria cidade."
Qualificação para carreira
A coordenadora institucional do Pibid na Udesc, Fabíola Ferreira Sell, destaca que, além de trazer benefícios para os alunos, o Pibid qualifica os professores formados na universidade.
"Toda a experiência que o Pibid traz para os nossos estudantes de licenciatura é uma preparação muito melhor para quando eles se formarem e forem para as escolas", avalia.
O seminário teve apoio do Laboratório Multidisciplinar de Desenho e Produção de Material Didático para EAD (MultiLab EAD), do
Centro de Educação a Distância (Cead), da Udesc em Florianópolis.
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