Preço dos ovos foram impactados pela redução no consumo de carne
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Os preços dos produtos e serviços consumidos em Florianópolis tiveram aumento médio de 0,25% em fevereiro, uma queda considerável em relação à
inflação do mês anterior (0,70%) – mas superior ao de fevereiro do ano passado, quando ficou praticamente estável (-0,03%). Nos últimos 12 meses, o índice acumulado da inflação na Capital chegou a 4,45%.
Os números são do
Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do
Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da
Fundação Esag (Fesag). O
boletim mensal de fevereiro foi divulgado nesta segunda, 2.
Os itens do grupo Alimentação e Bebidas (que representam mais de um quinto da composição do índice) ficaram em média mais baratos em fevereiro (-0,42%). Mas houve aumentos em todos os outros grupos (com exceção do vestuário, que tem um peso de menos de 7% no orçamento das famílias).
A queda nos preços dos alimentos se deve principalmente àqueles comprados em supermercados e feiras, que tiveram os preços reduzidos em 0,92% em média. Já o preço da comida consumida em restaurantes e lanchonetes, com alta bem superior à inflação nos últimos 12 meses (15,23%), voltou a subir (0,37%).
Carne e ovos
A inflação dos alimentos foi puxada para baixo em fevereiro principalmente pela queda média dos preços das carnes (-4,33%) e dos tubérculos, raízes e legumes (-4,84%). Os produtos com maior redução em cada um desses grupos foram a costela bovina (-7,34%) e a batata inglesa (-9.77%).
De acordo com o coordenador do cálculo do ICV/Udesc Esag, Hercílio Fernandes Neto, há uma acomodação no mercado de carnes. “Os preços subiram muito nos últimos meses e agora estão voltando a um patamar que o mercado consumidor consegue absorver”, explica.
Mas a alta forte da carne nos meses anteriores – causada por um aumento de importação pela China, o que direcionou boa parte da produção brasileira para exportação, desabastecendo o mercado interno – ainda causa efeitos. “Os ovos, usados como substitutos da carne, subiram quase 4,5%”, aponta Fernandes.
Outros preços
Além da alimentação, houve redução também na média dos preços dos artigos de vestuário (-2,14%). Em todos os outros grupos, no entanto, houve alta: transportes (1,12%), habitação (0,30%), saúde e cuidados pessoais (0,22%), despesas pessoais (1,17%), artigos de residência (0,70%), Educação (0,50%) e Comunicação (0,04%).
Os serviços ligados aos transportes (que tem quase tanto peso quanto a alimentação no orçamento das famílias) tiveram os preços puxados para cima pelos gastos com veículo próprio (alta de 2,25%). “Houve reajuste nos serviços de revisão, por exemplo, e de alguns modelos de carros novos”, detalha Fernandes.
Sobre o Índice de Custo de Vida
O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 28 de fevereiro.
A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da
Fundação Esag (Fesag), na atualização das ferramentas utilizadas.
Mais informações podem ser obtidas em
udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os
boletins mensais (desde 2010) e as
séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.
Assessoria de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
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