Notícia

O programa de extensão Reabilitar e Integrar – Reabilitação Multidisciplinar em Amputados (Ramp), do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (Cefid), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), está selecionando estudantes de graduação para atuarem como bolsistas voluntários. Acesse o formulário de inscrição.

Podem se inscrever graduandos da Udesc e de outras instituições de ensino superior (IES) dos cursos de Fisioterapia, Educação Física (licenciatura e bacharelado), Terapia Ocupacional, Medicina, Enfermagem, Psicologia e Nutrição.

A seleção inclui uma entrevista online que será marcada previamente com os candidatos.

Prática clínica

Segundo a professora Soraia Cristina Tonon da Luz, uma das coordenadoras da iniciativa, os alunos selecionados "poderão aprimorar sua formação, vivenciando a prática clínica com pessoas que sofreram amputação em um momento tão desafiador como o que atravessamos na pandemia".

"No projeto, é possível aprender e realizar o teleatendimento individual e em grupo, avaliar, planejar tratamentos e executá-los, tendo assim a oportunidade de criar vínculo entre terapeuta e paciente", afirma a docente.

Todas as atividades são supervisionadas e os estudantes selecionados participarão de uma capacitação específica. As horas de dedicação ao bolsista voluntariado poderão ser validadas como atividades complementares do curso.

As atividades consistem em:

• Atendimentos individualizados por telefisioterapia às pessoas amputadas, realizado na modalidade à distância, síncrono, por plataforma digital mais acessível ao paciente (normalmente WhatsApp). Inclui avaliação fisioterapêutica específica para pessoas amputadas, elaborando objetivos do tratamento e executando o plano de assistência fisioterapêutica.

• Monitoramento constante assíncrono por telefisioterapia a pessoas amputadas para esclarecimento de dúvidas.

• Escola de marcha por telefisioterapia para pessoas amputadas: Atendimentos síncronos em grupo, realizados na modalidade à distância, por plataforma digital mais acessível ao paciente (normalmente WhatsApp) para pessoas em fase pós ou pré protetização, que utilizam dispositivos auxiliares para marcha (como muletas, andadores, cadeiras de rodas). São realizadas avaliações, atividade física adaptada, exercícios em grupo, rodas de conversa e treino de marcha.

• Acolhimento do paciente em pós-operatório imediato de amputação de membros inferiores: realizado após a notificação hospitalar por profissionais da saúde do Hospital Regional de São José. O projeto disponibiliza um graduando e um profissional para realizar a ação, coletando dados e entregando ao paciente um kit de orientações sobre cuidados com o coto, informações sobre o projeto e uma faixa elástica compressiva. Essa ação não possui data e horário fixo.

• Site Ramp, mídias digitais, cartilhas de orientações: O projeto Ramp foi transportado inteiramente para o site e conta com inúmeros benefícios para os amputados de forma gratuita, com cartilhas de orientações específicas para cada fase da amputação e exercícios semanais com o acompanhamento da equipe do Ramp. Essa ação não possui data e horário fixo.

• Grupo de Estudos de Indivíduos Amputados (Geamp): Desenvolve atividades de discussão em grupos, com o objetivo de auxiliar os graduandos na elaboração e execução dos trabalhos de conclusão de curso (TCC), elaboração de resumos para eventos e artigos científicos, dissertações de mestrado, atividades de capacitação e de coleta de dados. Horários a definir.

• As atividades presenciais do projeto ocorrem na Clínica Escola de Fisioterapia e Laboratório de Biomecânica da Udesc Cefid. No entanto, temporariamente, por conta da pandemia, os atendimentos ocorrem somente de forma online.

A equipe do Ramp conta atualmente com duas mestrandas, Tayla Ruy e Tuane Sarmento, que atuam como fisioterapeutas supervisoras e que foram bolsistas do projeto enquanto graduandas.

Depoimentos

Segundo Tayla, o projeto representa muito para os pacientes amputados, em especial mais durante a pandemia. "Os pacientes estão tendo ótimos resultados com a fisioterapia, melhorando sua funcionalidade e qualidade de vida", afirma.

Tuane relata que, com o Ramp, é possível acompanhar os atendimentos à pessoa amputada independente da fase em que o aluno está matriculado, proporcionando assim a possibilidade de vivência clínica de forma precoce.

Já a bolsista Amanda Piazza conta que o Ramp foi o primeiro projeto que lhe deu autonomia na universidade. "Estou nele desde a terceira fase e sempre fui incluída nos atendimentos, sempre tiveram muita paciência para me ensinar e tirar minhas dúvidas. É uma experiência enriquecedora tanto profissionalmente quanto pessoalmente, sem dúvidas um projeto que sempre ficará marcado na minha trajetória com ótimas lembranças. É incrível trabalhar com essa equipe, e me sinto muito grata por poder acompanhar a evolução dos pacientes no decorrer desses semestres.”

Mais informações podem ser obtidas pelos e-mails taylaruy@outlook.com e tuanesarmento@gmail.com.

Assessoria de Comunicação da Udesc
E-mail: comunicacao@udesc.br
Telefones: (48) 3664-7935/8010