Gilmar Santos mostrou estudo realizado a partir da
dissertação de Patrícia Parizotto - Foto: Divulgação
O professor Gilmar Moraes Santos, do
Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (Cefid), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), participou da edição de 2017 do
Congresso Mundial de Fisioterapia, realizado no início de julho, na Cidade do Cabo, na África do Sul.
Durante a programação, o professor apresentou um estudo sobre pacientes com diabetes, desenvolvido nos laboratórios
de Postura e Equilíbrio (Lapeq) e
de Biomecânica da Udesc Cefid.
O estudo teve coautoria de alunos da pós-graduação e da graduação do Lapeq e participação do professor Luis Mochizuki, da Universidade de São Paulo (USP). A dissertação de uma ex-mestranda de Santos, Patrícia Parizotto, deu origem ao trabalho apresentado.
Condição pode prejudicar postura e equilíbrio
Os pacientes com diabetes, explica Santos, podem apresentar ou não neuropatia periférica, como é chamado o conjunto de doenças dos nervos periféricos, responsáveis por enviar informações do cérebro e da medula espinhal para o resto do corpo – a condição se manifesta, por exemplo, como alteração de sensibilidade nos pés.
Este tipo de neuropatia poderia prejudicar o controle postural, ou seja, o equilíbrio, e a forma como a pessoa distribui seu peso na planta do pé. O objetivo do estudo foi, portanto, investigar se há relação entre a sensibilidade da planta do pé, a distribuição do peso do indivíduo nos pés e seu equilíbrio.
Oitenta pessoas foram analisadas, entre pacientes diabéticos com e sem neuropatia periférica e indivíduos sem diabetes. A análise foi feita com dois equipamentos da Udesc Cefid: o Smart Equitest da Neurocom, que avalia o equilíbrio de forma computadorizada, e a plataforma Emed, que avalia a distribuição de pressão.
Segundo os resultados, diabéticos tem redução na sensibilidade plantar e no equilíbrio, mas maiores valores de pressão na planta dos pés do que sujeitos sem a doença, o que significa dizer que há associação entre distribuição de pressão e equilíbrio.
A avaliação da neuropatia, sugere o estudo, poderia ser um instrumento para prevenir úlceras e quedas nas pessoas com diabetes.
Importância do evento
Segundo o professor da Udesc Cefid, o Congresso Mundial de Fisioterapia é relevante para fisioterapeutas de todas as áreas, independentemente de serem professores ou acadêmicos ou trabalharem em clínicas.
"O congresso permite ter noção de como é a prática da Fisioterapia no mundo, suas diferentes realidades de execução, bem como sua importância nas diversas culturas. É uma ótima oportunidade para encontrar profissionais de todo o mundo e trocar experiências", avalia Santos.
A edição deste ano do evento contou com a participação de mais de dois mil fisioterapeutas de cem países, que se reuniram para discutir as últimas pesquisas e compartilhar informações relacionadas à área. A próxima edição será realizada em Genebra, na Suíça, em 2019.
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail
gilmar.santos@udesc.br.
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