Uma análise de práticas sustentáveis e desenvolvimento territorial a partir da percepção dos alunos de Engenharia de Software e Ciências Contábeis do
Centro de Educação Superior do Alto Vale do Itajaí (Ceavi), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Ibirama, será exposta no
3º Seminário Internacional Culturas e Desenvolvimento, em julho, na Costa Rica.
O trabalho foi feito pelos professores da Udesc Ibirama Rubens Staloch, Rodrigo Porto e Priscila Natasha Kinas. O seminário, que abordará também redes de interculturalidade e de povos indígenas e sociedades de transformação, abrirá espaços para diálogos, intercâmbios e parcerias com foco no desafio emergente de reconhecer as identidades culturais e suas diversidades de saberes.
Segundo os docentes, o objetivo do trabalho realizado por meio de questionário encaminhado aos alunos foi mostrar que a percepção que se tem dos conceitos e das ações sustentáveis poderá determinar os níveis de desenvolvimento territorial.
Depois dessa etapa, a pesquisa buscou contextualizar o elo entre as respostas e suas implicâncias para o desenvolvimento territorial a fim de identificar possíveis lacunas entre a percepção e os assuntos relacionados à sustentabilidade e ao desenvolvimento territorial.
Dados obtidos
De acordo com dados do estudo, 19% dos alunos responderam que a solução para os problemas ambientais depende das decisões governamentais e das grandes empresas. “Eles não consideram que as ações individuais do cotidiano fazem parte da construção de um desenvolvimento territorial sustentável", diz o professor Rubens Staloch.
Outro dado revela que 53,51% dos alunos acreditam que o conceito de sustentabilidade está diretamente vinculado à valoração econômica e cultural e 35,9% vinculam o conceito de sustentabilidade ao artigo 225 da Constituição do Brasil, segundo o qual a qualidade de vida está vinculada à segurança dos bens naturais.
Entretanto, 11,4% disseram que a sustentabilidade está vinculada às ações diárias para longo prazo, "proporcionando assim um equilíbrio natural sem comprometimento das futuras gerações".
Transformação
Segundo os professores da Udesc Ibirama, há muito que se fazer para que se tenha a conversão de uma lenta transformação social para uma rápida mudança. "É preciso que as ações sejam elaboradas em todos os setores sociais desde o bairro que se vive, nas escolas, universidades e governos", afirmam.
O trabalho analisou apenas uma parcela da sociedade, os estudantes universitários, o que evidenciou a existência de "uma correlação muito tênue entre a percepção das questões relacionadas ao meio ambiente, ao conceito de sustentabilidade, às atividades e aos temas desenvolvidos em sala de aula e as ações individuais do dia a dia".
Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Valmor Pizzetti
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