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Notícia

29/07/2024-15h00

Estudos inovadores em Administração Pública marcam semestre na Udesc Balneário Camboriú

Conheça alguns dos 29 TCCs apresentados no centro

Ana, Alex, Gabriel e Pâmela nas apresentações dos TCCs na Udesc Balneário Camboriú. Fotos: Divulgação
Políticas públicas, mobilidade e sustentabilidade foram alguns temas que pautaram os trabalhos de conclusão de curso (TCCs) da graduação em Administração Pública da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Balneário Camboriú no primeiro semestre de 2024.

Com um número expressivo de bancas – 29 , o maior na história do curso – , os TCCs dos estudantes do Centro de Educação Superior da Foz do Itajaí (Cesfi) também se destacaram pela abordagem inovadora de questões relacionadas a organizações públicas, privadas, comunitárias e do terceiro setor da região e estado.

Para o coordenador do departamento de Governança Pública da Udesc Balneário Camboriú, Luiz Filipe Goldfeder Reinecke, as produções têm um relevante papel na difusão do conhecimento aplicado na área. “Foi um momento muito importante para termos contribuições dos estudantes, como uma última etapa de formação, ou seja, uma formação já amadurecida. Com certeza também serão trabalhos de referência para os futuros TCCs”, afirma o professor.

As apresentações ocorreram entre 1 e 5 de julho e registraram 109 participações, incluindo estudantes, professores, amigos e familiares. Conforme a coordenadora de TCC do curso, Vanessa Simon, a presença de outros graduandos nas bancas consagra a trajetória dos colegas e colabora para que os alunos “entendam a importância desse momento e desmistifiquem a ideia de que [o TCC] é fora do alcance e difícil”.

Entre os alunos que defenderam seus trabalhos estão Ana, Alex, Gabriel e Pâmela. Com pesquisas em diferentes áreas, eles contam um pouco sobre o processo de produção dos trabalhos. Acompanhe na sequência.

Dificuldades para mulheres líderes no 3º setor

Foi a partir de um desafio profissional que Ana Júlia Pinheiro Krensiglova definiu o tema da sua pesquisa: a liderança feminina no terceiro setor em Itajaí. “Hoje sou gestora em uma ONG. O meu segmento é esportes náuticos, comumente associado ao público masculino, e isso me gerou algumas experi ê ncias por ser jovem e mulher nessa posição. Isso começou a me gerar curiosidade se todas as mulheres do terceiro setor enfrentam isso, ou quais dificuldades a mais elas enfrentam”, explica.

Após realizar um grupo focal com 11 líderes locais, a estudante percebeu que as dificuldades eram semelhantes mesmo em áreas diferentes de atuação. “Foi muito gratificante ver na prática o que aponta a literatura”, pontua. Apesar dos desafios no processo de escrita e da própria finalização do curso, Ana ressalta que “estudar vale a pena”. “Nada do que aprendemos é em vão. O conhecimento já é algo maravilhoso e quando você junta com a prática e a vivência, se torna extraordinário”, enfatiza.

Além do conhecimento produzido, Ana acredita que sua pesquisa pode ajudar outros estudantes a observarem o terceiro setor com mais curiosidade. “Q uando entramos no curso, temos a tendência de pensar ‘Onde vou ser uma administradora pública? Vou trabalhar para o governo?’, e o meu TCC mira em outra direção, além de apresentar uma profissão como uma oportunidade de exercer a cidadania e praticar o conhecimento que aprendemos ao longo da graduação”, comenta.

No futuro, a aluna imagina continuar participando de alguma forma no terceiro setor e espera ampliar seus estudos sobre gestão, prestação de contas e planejamento. “Gostaria de me manter dentro de uma sala de aula. Eu amo os debates, e o quanto é gostoso aprender algo novo”, completa.

Discriminação no acesso a serviços de saúde pela população LGBTQIA+

Uma viagem para o Malawi, país africano com altos índices de HIV, despertou a atenção de Alex Dolzan para o acesso a políticas públicas de saúde pela população LGBTQIA+. Depois de trabalhar anos na área, o estudante decidiu então analisar no TCC a realidade local, verificando se este grupo percebia discriminação, por parte de burocratas que aplicam as políticas, ao utilizar os serviços de saúde em Balneário Camboriú.

O graduando contou com a colaboração de ONGs para aplicar um questionário, cujas respostas revelaram que os participantes percebiam sim discriminação. “O acesso aos serviços especializados que atendem infecções sexualmente transmissíveis e HIV se mostr ou baixo entre os respondentes. Estudos futuros poderiam fazer uma correlação entr e a existência de discriminação e a baixa procura a serviços de saúde por parte desta população”, avalia Alex.

Para o estudante, estudar um tema de seu interesse, com possibilidade de ampliar o conhecimento na área, contribuiu para que a produção do TCC se tornasse tranquila e prazerosa. “Continua sendo um processo muito trabalhoso, não há dúvidas. Mas sem dor, sem estresse”, afirma.

Além da satisfação pessoal, Alex também considera que o trabalho pode contribuir para a Administração Pública. “É de fato a aproximação entre a teoria e a realidade vivida pela sociedade”, destaca. Não à toa, o aluno pretende ampliar as pesquisas na área. “Meus planos são de continuar estudando nesta área, inclusive partindo para o mestrado. Quem sabe um dia chego ao doutorado e possa voltar ao Malawi para estudar a relação entre criminalização do indivíduo LGBTQIA+ e a alta prevalência do HIV no país”, finaliza.

Aprender sobre administração pública de forma lúdica

A experiência como estagiário no governo de Balneário Camboriú, o gosto por jogos e um empurrãozinho do orientador Anderson Sasaki Pacheco foram os elementos essenciais para dar o pontapé na pesquisa de Gabriel Funck Macuglia. No TCC, o estudante desenvolveu um jogo de tabuleiro para ajudar as pessoas a entenderem como funciona a gestão pública municipal.

Além de confeccionar o game, Gabriel também testou a produção com 15 participantes. “Todos os jogadores apontaram que aprenderam alguma coisa ou se sentiram motivados a pesquisar um pouco mais sobre o tema por causa do jogo. Então foi um trabalho com um resultado muito positivo, atendendo o meu objetivo”, explica.

Gabriel conta que, por se tratar de uma pesquisa aplicada, resultando num produto, o processo de elaboração foi um pouco diferente. “Passei diversas horas fazendo as regras, planejando, montando as estratégias. Foi muito interessante, apesar de ser difícil de explicar de maneira teórica”, pontua. Ainda que desafiador, o jovem acredita que a investigação pode instigar outros pesquisadores a pensarem em soluções práticas para problemas na área, assim como ajudar à comunidade a observar a administração pública de outra forma.

Depois da graduação, Gabriel espera se aproximar mais da esfera legislativa, mas não descarta a possibilidade de trabalhar na produção de jogos de tabuleiro para complemento ao ensino.

Processo de comunicação de risco na Foz do Itajaí

Como tornar a produção do TCC mais prazerosa? Para Pâmela Dietrich, a solução foi unir a experiência em duas áreas de seu interesse – o tempo em que trabalhou no Corpo de Bombeiros com o atual trabalho na área de comunicação. A combinação resultou em uma pesquisa sobre o processo de comunicação de risco das coordenadorias municipais de proteção e defesa civil da Foz do Rio Itajaí, realizada a partir de entrevistas com cinco atores-chave e análise de documentos.

Para a estudante, o resultado da investigação foi positivo, gerando informações tanto sobre a comunicação interna como externa. “Como a teoria já diz, se a comunicação começa errada, também vai ter o efeito errado. Por isso que é tão importante essa análise das coordenadorias municipais como um todo, e, a partir disso, analisar e apresentar ferramentas para melhorar o processo de comunicação”, reflete.

A experiência de elaborar o TCC e apresentar o estudo na maior semana de bancas do curso também marcou Pâmela. “A apresentação, em si, dá todo o nervosismo, mas no fim você se sente orgulhoso por ter a família e amigos ali para te apoiar, por ter os professores orgulhosos também. Então foi uma experiência muito incrível”, reforça.

Agora, o próximo passo na trajetória de Pâmela é escolher qual segmento da administração pública seguir. “A faculdade já proporciona muito conhecimento, então agora eu quero pensar com calma qual área que eu quero me especializar”, completa.

Sugestões para quem fará o TCC

Os quatro estudantes são unânimes ao apontar a alegria de concluir a graduação na Udesc. “A universidade pública tem qualidade, instiga os alunos a evoluírem, os projetos de extensão são de excelência. Enfim, tenho grande satisfação e orgulho por ter podido estudar nesta instituição”, registra Alex.

E para aqueles que ainda irão realizar o TCC, os graduandos dão sugestões para tornar o processo mais fácil e agradável. “Trabalhe com um tema que goste de verdade, porque quando bater o cansaço e querer desanimar, tem que brilhar o olhar de querer encontrar a resposta ao seu problema de pesquisa”, sugere Ana.

Alex comenta que o TCC é um trabalho solitário, que exige tempo e disciplina. “Desta forma, se for escolhido um assunto de interesse do aluno, este processo será, com toda certeza, menos ‘doloroso’”, frisa.

Pâmela também recomenda pensar a teoria em conjunto com a prática e organizar de forma visual a metodologia para facilitar as análises. Já Gabriel complementa indicando “pensar fora da caixa”. “Se arrisquem nas áreas que vocês gostam e façam um trabalho bom, bonito, prático e que tenha valor não só no quesito acadêmico, mas para vocês, na vida”, afirma o estudante.

Para saber mais sobre os TCCs, entre em contato pelo e-mail seceg.cesfi@udesc.br ou telefone (47) 3398-6484.

Assessoria de Comunicação da Udesc
E-mail: comunicacao@udesc.br
Telefone: (48) 3664-7934
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  • Ana, Alex, Gabriel e Pâmela nas apresentações de seus TCCs. Foto: Divulgação
  • Ana ao lado dos professores da banca de TCC. Foto: Divulgação
  • Alex durante a defesa do seu trabalho. Foto: Divulgação
  • Alex ao lado dos professores da banca de TCC. Foto: Divulgação
  • Gabriel ao lado dos professores da banca de TCC. Foto: Divulgação
  • Pâmela ao lado dos professores da banca de TCC. Foto: Divulgação
 
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