Vaz mostra Roaz 1 e novo protótipo - Foto: Divulgação
Em desenvolvimento de maneira independente há cerca de quatro anos, o Projeto Roaz planeja criar uma versão menor da embarcação robótica, autônoma e não-tripulada que é operada por controle remoto e vem sendo utilizada em atividades ambientais e exibições no Estado e no Brasil.
Um dos responsáveis pelo projeto, o engenheiro da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) Roberto Böell Vaz, explica que o novo modelo será dobrável e mais leve, com 18 quilos e 1,5 metro de comprimento.
Com equipamentos como sonda e bateria, o protótipo chegará a cem quilos, 300 a menos do que a embarcação atual, o Roaz 1, que tem 4,5 metros de comprimento.
"Isso facilitará a logística para outros Estados e o monitoramento aquático de ambientes com baixo calado, como lagos e tanques de dejetos", afirma o engenheiro da Udesc, que
buscará os recursos necessários em editais da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS).
O atual protótipo, por exemplo, foi desenvolvido com quase R$ 50 mil de subvenção pública obtida na seleção de 2010 do programa
Sinapse da Inovação, que é mantido pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), ligada à SDS.
O programa do governo estadual tem apoio da Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Palestra em encontro estadual
Na última quinta-feira, 25, Vaz foi um dos quatro palestrantes que apresentaram projetos no Encontro Estadual dos Empreendedores do Programa Sinapse da Inovação, que reuniu 189 empresas apoiadas pela iniciativa no Centro Multiuso do Serviço Social do Comércio (Sesc) no Bairro Cacupé, em Florianópolis.
"Os organizadores chamaram, para as palestras, os projetos que continuam no mercado e atingiram determinado grau de sucesso", destaca o engenheiro.
Sobre o Roaz
O nome do projeto e o formato dos protótipos são inspirados no golfinho roaz-corvineiro, também conhecido por golfinho-nariz-de-garrafa, que se encontra ao longo de águas costeiras e oceânicas de todos os mares do mundo.
A embarcação usa tecnologias de ponta de informática, programação, robótica e engenharia mecânica para realizar diversas funções, como monitorar ambientes aquáticos, coletar dados da água e fazer topografias a partir de instruções pré-determinadas.
Entre as operações do Roaz 1, houve duas em Florianópolis: a procura com sucesso de uma das estacas da obra da
Ponte Hercílio Luz e o monitoramento da
Baía Sul após o vazamento de óleo de uma subestação desativada da companhia Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc).
O protótipo também navegou no
Rio Pinheiros, na cidade de São Paulo, para testar funções dos equipamentos em condições de extrema poluição e coletar dados.
Outros projetos
Além do Projeto Roaz, Roberto Vaz já desenvolveu
outras atividades, como o "Na Trilha das Américas - Atlanta 96", no qual fez um trajeto de ida e volta de 40 mil quilômetros, de Florianópolis até os Estados Unidos, durante cinco meses em um Fusca ano 75 para assistir às Olimpíadas.
Dois anos depois, com o projeto "Conhecendo o Velho Mundo - França 98", Vaz percorreu 30 mil quilômetros em 19 países europeus a bordo de uma Kombi para acompanhar a Copa do Mundo. O engenheiro também construiu embarcações com materiais recicláveis na década passada.
Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Rodrigo Brüning Schmitt
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