Premiação ocorre em São Paulo. Foto: Divulgação
Francine Goudel, egressa do curso de Educação Artística - Artes Plásticas (hoje Artes Visuais) e do doutorado do Programa Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV) do Centro de Artes, Design e Moda (Ceart) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), foi contemplada com o prêmio Gilda de Melo e Souza – destinado ao reconhecimento de críticos em início de carreira por sua produção ou engajamento em projetos inovadores de divulgação da crítica de arte.
A cerimônia faz parte da premiação da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), que acontece nesta terça-feira, 3 de outubro, às 19h no Sesc Vila Mariana, em São Paulo. O prêmio é destinado aos artistas visuais, curadores, críticos, autores e instituições culturais que mais contribuíram para a cultura nacional em 2022, atribuídos a partir das indicações e pelo resultado da votação em formulário online de cerca de aproximadamente 165 associados. Além disso, a presidente da ABCA Sandra Makowiecky, é professora do Departamento de Artes Visuais da Udesc Ceart.
Francine é curadora-chefe do Instituto Collaço Paulo, que também foi premiado como destaque da região sul em 2022. A egressa recebe o prêmio não só por sua recente atuação junto à Coleção Collaço Paulo, mas como autora de pesquisas que visam descentralizar a crítica de arte no país.
Com diversos textos sobre artistas e acervos catarinenses, difundidos em livros, revistas e periódicos, em 2020 Francine publica uma pesquisa que detalha o modo de produção, circulação, validação e consumo da arte em Florianópolis, fruto de sua tese de doutorado na Udesc, orientada por Sandra Makowiecky e intitulada “O Sistema das Artes Visuais em Florianópolis”.
A egressa conta que sua formação na Udesc Ceart foi muito importante para sua carreira. “Minha tese foi um divisor de águas. Esses processos de pesquisa de longo prazo são muito importantes para sairmos da teoria, principalmente como historiadores da arte”, afirma Francine.
“É uma honra receber esse prêmio e ressaltar os artistas e a cultura de Santa Catarina”. Ela complementa: “Acredito que essas produções colaboram diretamente com a descentralização da crítica de arte no país, mostrando um Brasil plural fora do eixo Rio-São Paulo”.
Sobre a egressa
Francine, natural de Florianópolis, é doutora em Artes Visuais - Teoria e História, pela Udesc; mestre em Estudos Avançados em História da Arte pela Universidade de Barcelona (UB), Espanha; pós-graduada em Gestão Cultural pela Universidade Nacional de Córdoba (UNC), Argentina; e graduada em Educação Artística - Artes Plásticas pela Udesc.
Atua como pesquisadora, curadora, produtora cultural e professora. É membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), atualmente assumindo o posto de tesoureira (20022-2024). Participa do grupo de pesquisa "História da Arte: Imagem-Acontecimento" (CNPq/Udesc). É fundadora de uma plataforma de serviços para artistas e agentes do circuito de arte (2014-2018).
Como Produtora Cultural, desde 2002 idealiza, desenvolve e executa projetos ligados a promoção das Artes Visuais. Atuando conjuntamente como curadora, vem desempenhando projetos que evidenciam a produção de artistas visuais, sobretudo com produção em Santa Catarina. Em 2017 e 2019 atuou como curadora da Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba - Polo SC, juntamente com Juliana Crispe e Sandra Makowiecky, recebendo da Academia Catarinense de Letras e Artes o Prêmio Victor Meirelles - Personalidade do ano (2019), pelo trabalho desenvolvido à frente da organização.
No final de 2020 a começo de 2021, esteve à frente da Diretoria de Artes e Cultura da Fundação Catarinense de Cultura (FCC). Atualmente é curadora-chefe do Instituto Collaço Paulo e também trabalha com assessoria e consultorias para artistas, projetos e coleções.
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