Cantos do trabalho, de Leon Hirszman, registra as cantorias
dos trabalhadores na zona rural do Nordeste.
Foto: divulgação
O espaço transdiciplinar de integração da Geódesica Cultural, no Centro de Artes (Ceart), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), vem recebendo todas às quartas-feiras, às 20h30, os encontros do cineclube
Eu também sou Filho da Terra.
A proposta, que através de exibições semanais discute temáticas sociais escolhidas coletivamente pelos participantes, surgiu de uma parceria entre o coletivo
Geódesica Cultural Itinerante e o projeto de fotojornalismo e literatura
Eu também sou filho da terra. Neste mês de maio, o tema escolhido é o Cinema novo: um movimento cinematográfico único, que mudou a história do Brasil a partir do fim dos anos 50. O cineclube é gratuito e aberto para toda a comunidade.
A programação desta quarta-feira, 17, exibe uma série de curta-metragens produzidos por diretores do chamado Cinema Novo. Dentre eles, destaca-se o baiano Glauber Rocha, uma das lideranças do movimento que trouxe uma nova estética para o cinema nacional. Glauber, na ocasião do surgimento do cinema novo, chegou a difundir um manifesto intitulado
“a eztetyka da fome” que expôs a preocupação do grupo em desenvolver um olhar mais aprofundado sobre a realidade brasileira e o contexto político e social da época.
Após a exibição, a organização concede um espaço de conversa coletiva, onde o grupo pode discutir sobre as questões abordadas. A proposta é que a temática do cineclube seja trocada a cada mês. Para isso, ao longo dos encontros, os parcipantes podem sugerir outros diretores e produções, com abordagens e conteúdos ainda não discutidos. A seguir, a programação dos curtas que serão exibidos nesta quarta-feira:
• O poeta do castelo (1959), de Joaquim Pedro de Andrade
• Maranhão 66 (1966), de Glauber Rocha
• Cantos de trabalho – Cana de açucar (1974-76), de Leon Hirzsman
• Partido Alto (1976 – 82), de Leon Hirzsman
O espaço reservado para a exibição dos filmes, a Geódesica Multicultural - em frente ao departamento de Artes Visuais da Udesc Ceart, foi instalado em 2013 pelo extinto grupo de pesquisa Arte e Vida nos Limites da Representação , coordenado na época pelo professor doutor José Luís Kinceler (in memorian).
A ideia teve como um dos objetivos centrais a criação de um ambiente de integração entre diversos cursos e a comunidade acadêmica em geral, através de propostas colaborativas, processos artisticos complexos, criativos e solidários. Atualmente a Geodésica é ativada por estudantes, artistas, coletivos parceiros e professores que vinculam projetos de ensino, pesquisa e extensão ao espaço.
Sobre o projeto Eu também sou filho da terra
O projeto
Eu também sou filho da terra, desenvolvido pelos fotógrafos Pedro Aguiar Stropasolas e Vitor Shimomura, surgiu no início de 2016, com o intuito de promover a contação de historias através da fotografia documental. Com pesquisa, entrevista e vivência, sempre com o foco de destacar a fotografia como um documento importante no registro do homem e sua passagem pelo tempo, o projeto visa a perpetuação da memória, sendo porta-voz das comunidades, do fato social e das paisagens onde está inserido. “Percebe-se, portanto, a necessidade deste trabalho em desconstruir a invisibilidade social, contemplando registros considerados fidedignos ao real e, principalmente, usados inicialmente como denúncia em defesa de ideais civis, da manutenção das culturas, dos costumes e das histórias das populações de Santa Catarina, do Brasil e do mundo”, definem os idealizadores.
Serviço:
O QUÊ: Exibição de curtas no cineclube Eu Também sou Filho da Terra.
QUANDO: 17 de maio, às 20h30.
ONDE: Geodésica Multicultural, em frente ao departamento de Artes Visuais do Centro de Artes da Udesc. Av. Madre Benvenuta 1907, Florianópolis/SC.
QUANTO: Entrada gratuita.
Assessoria de Comunicação da Udesc
E-mail: comunicacao@udesc.br
Telefone: (48) 3664-8010/8006