Victor Hugo Panchas, da Universidad de San Marcos,
no Peru, é um dos palestrantes. Foto: Divulgação
A organização do VIII Simpósio do Contestado - Religiosidades de Matriz Africana e Indígena nos Movimentos Populares no Brasil e na América Latina, evento internacional que ocorre na próxima semana, entre 2 e 6 de julho, no
Centro de Ciências Humanas e da Educação (Faed), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), divulgou a
programação completa do evento. Ao longo de cinco dias serão realizados 21 simpósios temáticos e quatro mesas redondas que vão reunir pesquisadores ligados a universidades e outras instituições do Brasil e de países como Argentina, Peru, França e Portugal. Ao todo, serão apresentados 120 trabalhos que visam debater e investigar os fenômenos sociais e históricos ligados à Guerra do Contestado.
O evento é organizado pelo
projeto Estação Contestado, coordenado pelo professor Rogério Rosa Rodrigues, em parceria com o
Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) e o Grupo de Investigação sobre o Movimento do Contestado (GIMC). Para além do foco na Guerra do Contestado, o evento tem como objetivo colocar em diálogo pesquisadores e lideranças político-populares que trabalhem com religiosidade na organização de movimentos populares no Brasil e na América Latina, com destaque para sujeitos e atividades ligadas a tradições de matriz africana e indígena.
Entre os palestrantes internacionais, estão Víctor Hugo Pachas, da
Universidad Nacional Mayor de San Marcos, que participará da mesa redonda "Religiosidades populares"; Amanda Eva Ocampo, da
Universidade Nacional de Misiones, na Argentina, para a mesa "Religiosidades afroindígenas: museus, patrimônio e cultura materia"; Evelyne Sanchez, do
Institut d'Histoire du Temps Présent, da França, para a mesa "Terra, política e religiosidade"; e João Paulo Avelãs Nunes, da
Universidade de Coimbra, de Portugal, para a mesa "Religiosidades: entre o popular e o oficial".
A conferência de encerramento terá como tema "Canudos, além do 'fanatismo': as origens de um movimento popular e católito no Nordeste do Brasil (c1870-1897)". com o professor Sebastien Rozeaux, da
Universidade de Toulouse, na França.
A conferência de abertura, na próxima terça-feira, com o tema "Política Nacional para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana de Terreiros: os desafios no enfrentamento ao racismo religioso", será com a professora Luizi Borges, atual diretora de Políticas Públicas para Povos de Terreiros no
Ministério da Igualdade Racial.
Eixos temáticos do simpósio
A organização do evento busca contemplar os seguintes eixos temáticos:
· Catolicismo popular;
· Religiões de matriz africana e indígena;
· Práticas de cura popular;
· Insurgências e movimentos populares no Brasil e na América Latina;
· Movimentos de caráter Messiânico e/a milenarista;
· Ensino de história, religiosidades e movimentos populares;
· História, audiovisual e movimentos populares;
· Usos políticos do passado;
· Tradições e devoções populares no Brasil e na América Latina;
· Festas religiosas e tradições culturais;
· Cultura material, patrimônio e movimentos populares na história;
· Movimentos de luta pela terra e tradições populares .
O evento será presencial e também com transmissão pela internet. Mais informações podem ser obtidas no site
oficial do simpósio, assim como no
site para as inscrições.
Assessoria de Comunicação da Udesc Faed
E-mail: comunicacao.faed@udesc.br