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24/06/2024-14h13

Podcast da Udesc Faed aborda a história por trás da chamada Ilha do Diabo

Produção em quatro episódios foi realizada por turma de estudantes de História. Arte: Divulgação
Está marcada para sexta-feira, 5 de julho, a estreia em plataformas digitais (Spotify e Youtube) do primeiro episódio do podcast Ilha do Diabo, uma produção conjunta de estudantes do curso de História do Centro de Ciências Humanas e da Educação (Faed), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). A produção realizada durante a disciplina de Imagem e Som, sob coordenação da professora Ana Luiza Mello Santiago Andrade, a partir de aprofundado trabalho de pesquisa, retrata a história em torno de Cotijuba, uma das ilhas da capital do estado do Pará, conhecida como a "Ilha do Diabo".

Serão publicados quatro episódios de aproximadamente 30 minutos de duração. Confira o teaser do podcast divulgado nesta semana.

A ilha de Cotijuba foi o local de instalação de um antigo educandário, em 1933. Quase 20 anos depois, a área foi transformada em presídio por militares. De acordo com a pesquisa realizada pelos estudantes, o local isolado e de difiícil acesso permaneceu um mistério até a fuga de 16 detentos, que trouxe a tona horrores que passaram a classificar Cotijuba como "Ilha do Diabo".

No podcast, a narrativa mergulha nas profundezas dessa história para revelar um passado marcado por um educandário transformado em prisão onde crianças, adolescentes e até mesmo presos políticos eram submetidos a condições desumanas. "É uma história real, com personagens reais, com um intenso trabalho de pesquisa em documentos e jornais da época", afirma a professora Ana Luiza Mello Santiago Andrade.

Para produção dos episódios, a turma foi dividida em equipes de pesquisa, roteiro, checagem, gravação, edicão, narração, marketing e divulgação. A ideia é simular a experiência de trabalho em uma produtora audiovisual. Na terça-feira, 2, será realizada uma pré-estreia do prímeiro episódio para convidados, na sala Espine da Udesc Faed, a partir de uma experiência imersiva com fones e tablets. 

Tema surgiu por sugestão de aluna paraense

A história da "Ilha do Diabo" foi escolhida entre outras sugeridas pela turma, após passar por uma banca composta por um jornalista e um historiador. Quem defendeu a abordagem do tema foi a aluna Thayssa Almeida, cuja família é residente da ilha de Cotijuba. "A Thayssa tem parentes que moram há muito tempo na ilha e conhecem a fundo a história, que ainda preservam memórias, inclusive, da época do educandário. Então, decidimos investigar mais e retratar por meio do podcast", relata a professora.

Sobre a Ilha do Diabo

Em 1968, um educandário na Ilha de Cotijuba foi transformado em presídio por militares. Isolado e de difícil acesso, o local permaneceu um mistério até a fuga de 16 detentos. Segundo a pesquisa dos estudantes, foi em 1951 que Cotijuba ganhou destaque como "A Ilha do Diabo", um lugar caracterizado por violência, abusos e segredos. Na época, jornais denunciaram que a ilha estava cheia de mistérios, tornando-se cada vez mais hostil. Além disso, denunciaram casos de fome, miséria e abusos no local.

Em 1970, as denúncias voltam a surgir: a fome e os maus tratos continuam marcando a instituição desde o educandário até a penitenciária. Em 1976, ocorreu a fuga dos detentos. O grupo conseguiu dominar a escolta, roubar uma lancha e desaparecer. Esse foi o motivo principal que levou a uma intensa investigação do presídio, que fechou as portas em 1978.

Assessoria de Comunicação da Udesc Faed
E-mail: comunicacao.faed@udesc.br 
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  • Produção em quatro episódios foi realizada por turma de estudantes de História
  • Estudantes da disciplina durante gravação dos episódios
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