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Notícia

17/06/2024-14h42

Conheça Catarina: paratleta medalhista do Parajasc e do Jiudesc 2024

Estudante da Udesc Esag coleciona medalhas na natação e participou de seletiva para Paris 2024

Catarina nadando em competição. Foto: Acervo pessoal
Podemos defini-la como brilhante: Catarina Martins Machado. A estudante de Administração Empresarial do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) é destaque no esporte e vivenciou diversas conquistas, as últimas renderam medalhas para se somarem numa coleção bastante vasta. Resultado de dedicação à natação e também à vida acadêmica, a qual hoje é seu maior objetivo de vida, junto é claro a tudo o que uma jovem de 20 anos deseja.

Catarina teve cinco ouros nos Jogos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), que aconteceram no fim de maio de 2024, nas provas de 50 metros livre, 100 metros livre, 100 metros peito, 100 metros borboleta e 200 metros medley, da natação.

Na sequência e na mesma cidade, de Blumenau, ela foi destaque nos Jogos Internos da Universidade do Estado de Santa Catarina (Jiudesc) de 2024. O evento considerado a maior competição universitária do país realizada por uma única universidade, e que reuniu mais de 1300 estudantes dos 13 centros de ensino da universidade, não intimidou Catarina. Lá, conquistou medalhas nas cinco provas que participou.

Foram quatro pratas: nos 50, 100 e 200 metros borboleta, e revezamento 4x100 metros livre. Além do bronze nos 200 metros medley, prova em que é recordista brasileira júnior na classe SM9, para nadadores com falta de coordenação motora de baixo grau nos braços e nas pernas, e de alto grau em uma das pernas ou com ausência de membros. 

O resultado, da detentora de recorde brasileiro e que participou da seletiva para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, não é à toa. A história dela com o esporte começou cedo, quando os pais a colocaram, ainda bebê, em uma escola para aprender a nadar. Hoje, quando não está estudando, Catarina nada.

Onde tudo começou
Ainda pequena, quando morou na cidade de Criciúma, o espírito competitivo surgiu para a estudante universitária. Segundo ela, ao nadar com suas irmãs a rivalidade a impulsiou. “Eu sempre pegava alguns pódios e sempre queria ganhar. A única pessoa para quem eu perdia era a minha irmã mais velha. Com 5 anos de idade, coloquei na minha cabeça que tinha que ganhar dela”, conta.

Aos 8 anos, a jovem se mudou para Florianópolis e passou a treinar no Lira Tênis Clube. Rapidamente, ela foi chamada para integrar a equipe principal. Em 2017, aos 13, após chamar a atenção de um dos treinadores, Catarina começou a competir.

No mesmo ano, ao participar pela primeira vez dos Parajasc, Catarina foi dominante e venceu todas as 18 provas que nadou. Após essa conquista, se classificou para o Campeonato Brasileiro Júnior, competição em que coleciona medalhas e detém o recorde dos 200 metros medley na classe SM9.

Mais recentemente, em maio deste ano, a catarinense teve a oportunidade de participar da seletiva brasileira da natação para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, que acontecem entre agosto e setembro. Mas, infelizmente, não se classificou. “Ali, o sonho de todo mundo é estar nas Paralimpíadas e, às vezes, vai ser o teu colega que vai te colocar para fora. Vi que não ia nadar, então não fiquei tão chateada. Prefiro focar que eu participei”, revela a jovem.

Experiências internacionais
Catarina já competiu em dois torneios internacionais. O primeiro, em 2022, quando defendeu o Nauru Brasília no Open World Series, na Itália. Na categoria de jovens, chegou às finais das três provas que disputou, nadando lado a lado com os melhores do mundo. “Você via o campeão italiano de um lado, o campeão brasileiro do outro, nadava junto com eles. É um outro nível de profissionalismo. Você realmente sente que está no topo do esporte”, afirma.

No ano seguinte, foi convocada pela Seleção Brasileira sub-20 para defender a amarelinha no Open Internacional de Natação, na Argentina. E, em sua estreia pela Seleção, levou três ouros para casa. “Não tem o que falar, a primeira vez que você veste a camiseta da Seleção, por mais que não seja uma grande competição, é uma grande marca, uma grande experiência”, ressalta.

Participação no Jiudesc
Em 2023, sua primeira vez competindo nos jogos da Udesc, Catarina conquistou duas medalhas de prata na natação, nas provas de 100 metros livre e 50 metros borboleta. Ela ainda participou do atletismo, ficando com uma prata nos 200 metros rasos e um bronze nos 100 metros rasos. Com as conquistas nos jogos deste ano, Catarina soma nove medalhas no Jiudesc, sendo seis pratas e um bronze na natação, e uma prata e um bronze no atletismo.

A coordenadora de extensão da Udesc Esag, Mariana Ribeiro Pires, descreve Catarina como uma atleta extremamente qualificada e competente. “Ela tem uma bagagem incrível, com a participação em diversas competições. Minha função foi apenas dar o suporte necessário para ela participar dos jogos e poder ter uma experiência positiva”, diz Mariana que afirma que, embora o Jiudesc não tenha uma competição paralímpica, espera que Catarina seja um exemplo de inspiração para outros paratletas e um incentivo a uma inclusão cada vez maior no esporte.

Uma atleta universitária
Com treinos de segunda-feira a sábado, conciliar a rotina intensa de treinamentos com o dia a dia da faculdade é um desafio, mas são exatamente as experiências vividas na natação que fazem disso mais fácil para a universitária e atleta.

“Local de trabalho”, esse é o termo que ela utiliza para descrever o esporte. Foi essa mentalidade que tornou possível alcançar o equilíbrio entre a socialização e o compromisso na esfera esportiva e universitária. “Por mais que a natação seja um esporte individual, é muito importante para desenvolver relacionamento, habilidade social e o trabalho em equipe”, explica.

Ela ainda conta que a escolha e adaptação do seu curso de graduação na Udesc está totalmente ligada ao esporte. “Me interessei muito pela Administração por buscar um local de risco e crescimento. É o que sempre me chamou muita atenção no esporte, ter o potencial de crescer, porque se você fica no mesmo lugar sempre, eu não me interesso”.

O que esperar para o futuro?
Por mais inesperado que pareça, Catarina não pretende se tornar atleta profissional. Depois de anos de treinamento, o esporte já não é mais sua maior paixão. Agora, o foco é na sua vida social e universitária. “Hoje, já saturou um pouco, porque eu estou há sete anos treinando todo dia, me dedicando para as competições. Tem uma hora que cansa. Você tem que aprender a se reinventar e distrair”, relata a estudante.

Ela explica que apesar de, aos poucos, se distanciar da natação, a promoção e fortalecimento da cultura do esporte também é uma de suas áreas de interesse profissional na administração. “Eu gosto muito do esporte, tanto da prática, quanto como meio de entretenimento”, diz.

Além disso, Catarina afirma que, após participar da seletiva para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, restam poucas competições importantes para este ano. “É a hora perfeita para focar na faculdade”, finaliza.

Assessoria de Comunicação da Udesc
Rafaela Azevedo e Vinícius Graton *
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estagiários de Jornalismo, sob a supervisão de Heloíse Guesser 
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