Minhoca do gênero Fimoscolex sp. Foto: Marie Bart
Um estudo publicado recentemente na revista científica internacional Zootaxa apresenta a descoberta de 10 novas espécies de minhocas encontradas em montanhas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Dentre os achados está a espécie
Fimoscolex barettai sp. nov., cujo nome homenageia o professor da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Dilmar Baretta.
Conforme os pesquisadores responsáveis pela investigação, a atribuição do sobrenome do docente da Udesc para a espécie visa enaltecer a trajetória de Baretta no campo da Ciência do Solo, mais especificamente na área de Biologia do Solo, na qual é considerado uma referência.
“O professor Baretta é responsável pelos primeiros trabalhos que são referência em fauna do solo em Santa Catarina. Os exemplares de minhocas são também oriundos de projetos de pesquisa para avaliação das populações de minhocas em florestas com araucárias, alguns coordenados pelo professor com financiamento da Fapesc, Fapesp, CNPq, Capes e Fundação Agrisus”, explica a bióloga Marie Bartz.
Atualmente, Dilmar Baretta é docente do departamento de Zootecnia do Centro de Educação Superior do Oeste (
CEO), em Chapecó, e do Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo do Centro de Ciências Agroveterinárias (
CAV), em Lages. O professor também possui bolsa de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) nível 1C na área de Biologia.
“Fiquei muito feliz com o reconhecimento e aproveito para agradecer os autores e taxonomistas por colocar meu sobrenome em uma espécie nova de minhoca proveniente de terras brasileiras. Isso mostra que na Udesc e em Santa Catarina somos reconhecimentos por pesquisadores a nível nacional e internacional”, afirma Baretta.
Sobre o estudo
A publicação científica “
New earthworm species of Glossoscolex Leuckart, 1835 and Fimoscolex Michaelsen, 1900 (Clitellata: Glossoscolecidae) from southeastern Brazil” reúne dados de coletas realizadas em projetos de pesquisa ao longo de 16 anos, compilados na pesquisa de doutorado de Rafaela Dudas na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Além de Rafaela, assinam o artigo os pesquisadores Samuel Wooster James, da Maharishi International University, nos Estados Unidos, Marie L. C. Bartz, da Universidade de Coimbra, em Portugal, e George Gardner Brown, da UFPR e Embrapa Florestas.
O professor da Udesc Dilmar Baretta comenta ainda que a área do estudo vem ganhando espaço na Ciência do Solo e na comunidade científica, com estudos que colaboram para ações relacionadas a questões como a qualidade do solo.
“São descobertas inovadoras, especialmente relacionadas à qualidade do solo e novas espécies de organismos do solo considerados internacionalmente como indicadores de qualidad e e que são usados em ensaios ecotoxicológicos para avaliação ambiental e registros de novos produtos agrícolas nos órgãos reguladores”, completa o docente.
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