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Notícia

13/12/2024-13h49

Núcleo Extensionista Rondon da Udesc organiza nova operação em aldeias indígenas

Grupo trabalha para estabelecer parceiras para as ações de 2025

Operação Caminho dos Cânions realizou mais de 100 atividades em municípios do Extremo Sul Catarinense em 2024. Foto: Heloíse Guesser/Secom Udesc
O Núcleo Extensionista Rondon (NER) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) promove, até 18 de dezembro, uma pesquisa para identificar parceiros potenciais para a Operação Rondon nas Aldeias 2025. O formulário online para manifestação de interesse é destinado a coordenadores de projetos de extensão que desejam se unir à Udesc nas atividades do próximo ano.

Organizada em conjunto com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Instituto Federal Catarinense (IFC), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) e outras organizações do estado, a nova operação pretende levar ações de extensão universitária para 12 comunidades indígenas Guarani nas cidades de São Francisco do Sul, Araquari, Joinville, Balneário Barra do Sul e Garuva.

O coordenador de Extensão da Udesc, Rafael Gué Martini, que está à frente do Núcleo ao lado do pró-reitor de Extensão, Cultura e Comunidade, Rodrigo Terezo, explica que a operação é um convite para que as instituições de ensino trabalhem em prol das populações indígenas, historicamente mais vulneráveis. Ainda, é uma forma de acompanhar o novo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, o ODS 18, de Igualdade Étnico-Racial.

“Nós estamos convocando a comunidade universitária a ter um olhar acadêmico, de pesquisa, ensino e extensão, para ver como que nós podemos então colaborar para melhorar essa realidade e diminuir o sofrimento dessas populações”, ressalta o coordenador.

A previsão é de que a iniciativa ocorra em dois períodos, de 10 a 16 de agosto, e de 26 de outubro a 1º de novembro de 2025, com ações nas áreas de comunicação, cultura, meio ambiente, saúde, direitos humanos, educação, tecnologia/ produção e trabalho. A proposta é atender as aldeias Tekoá Yaka Porã, Tekoá Ywapuru, Tekoá Reta, Tekoá Morro Alto, Tekoá Conquista, Tekoá Tarumã Mirim, Tekoá Pindoty, Tekoá Tarumã, Tekoá Piraí, Tekoá Jabuticabeira, Tekoá Tekuaty e Tekoá Ka’aguy Mirim Porã.

O planejamento da Operação Aldeias iniciou em agosto deste ano, ainda durante a Operação Caminho dos Cânions, no Extremo Sul catarinense, sendo depois aprovada pelo Comitê de Extensão da Udesc.

Desde então, a equipe vem se reunindo com instituições, entidades e coletivos para planejar e alinhar as práticas futuras. Nesta semana, Gué Martini esteve em Joinville e Araquari para apresentar a proposta a parceiros potenciais, incluindo o Grupo Pró-Babitonga, colegiado que reúne voluntários dos segmentos socioambiental, público e socioeconômico para uma gestão ambiental participativa da região da Baía da Babitonga, o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), a cacica da aldeia Tarumã, Andréia Moreira, o cacique da aldeia Ka'aguy Mirim Porã, Wilson Moreira, e o IFC.

Para o coordenador de extensão IFC, campus Araquari, Otávio Patrício Netto, o encontro foi importante para aproximar as organizações. “Já temos alguns projetos que têm parceria com as aldeias indígenas, e com o que estamos pretendendo no Rondon, todas as instituições envolvidas tendem a ganhar, principalmente as comunidades”, pontua Netto.

Já a professora da Udesc Joinville, Rúbia Cruz, que participou do encontro no Grupo Pró- Babitonga, afirma que a reunião foi uma excelente oportunidade para reafirmar parcerias visando o projeto multidisciplinar. “Desta forma, a gente fortalece o trabalho coletivo na região voltado para as questões das comunidades indígenas”, enfatiza a docente.

Em janeiro, a equipe do NER Udesc iniciará a aplicação de um protocolo de consulta nas aldeias para confirmar quais irão participar da operação. “Vamos tentar reunir as 12 aldeias para a consulta e para combinar quais serão as responsabilidades do projeto e de cada aldeia”, explica Rafael Gué Martini.

Já entre fevereiro e julho deve ocorrer a definição do plano de trabalho e da lista completa das organizações participantes. Também será ministrado um curso preparatório para os integrantes sobre a operação.

“Estamos à disposição para dialogar sobre o projeto e acolher as ações de extensão da Udesc e instituições parceiras que queiram se juntar nesse esforço pela saúde, sustentabilidade e desenvolvimento das comunidades indígenas do litoral norte do estado”, finaliza o coordenador de Extensão da universidade.

Sobre o NER
Ao longo de 13 anos, o NER Udesc realizou 18 operações presenciais e outras duas online, com cerca de 14 mil atividades, envolvendo cerca de 3,5 mil extensionistas/ rondonistas e contemplando em torno de 450 mil pessoas em mais de 200 municípios de Santa Catarina, Paraná, Goiás, Distrito Federal e da Argentina.

No site do Núcleo é possível ver o histórico, vídeos, imagens, depoimentos, estatísticas e outras informações. Outras informações podem ser obtidas com a Coordenadoria de Extensão da Udesc pelo e-mail ner.proex@udesc.br


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  • Udesc promoveu reuniões ao longo da semana sobre a operação 2025. Foto: Divulgação
  • Rafael Gué Martini durante apresentação da nova operação do NER Udesc. Foto: Divulgação
 
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