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Desde agosto do ano passado, estudantes da graduação e da pós-graduação do Centro de Artes, Design e Moda (Ceart) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) reúnem pessoas transexuais, transgênero, travestis e não-binárias no movimento Coletiva Trans. Com encontros quinzenais, a iniciativa tem como objetivo pensar ações e políticas de acesso e permanência para esses públicos na universidade e dialogar sobre estudos de gênero.

O projeto foi criado por estudantes da Udesc Ceart que procuravam espaços de conversa e representatividade em movimentos estudantis focados na comunidade acadêmica trans. “Quando cheguei em Florianópolis acreditava que encontraria um movimento especificamente da comunidade trans e esperava encontrar isso dentro da universidade, mas não encontrei ”, conta a mestranda em Artes Visuais, Joanna Leoni, idealizadora da Coletiva.

O foco dos primeiros meses de encontros, explica Joanna, foi receber os estudantes, explicar e debater o funcionamento do grupo e entender as necessidades da comunidade acadêmica. "O grupo realiza um mapeamento das pessoas e das demandas. Por exemplo, onde estão as pessoas trans na Udesc (em quais cursos, centros) e como está sendo o acolhimento delas nesses locais. Também temos um grupo de estudos em que a gente discute textos e produções artísticas, como músicas e obras de arte, que tenham a ver com o nosso contexto", detalha a pós-graduanda.

O graduado e agora mestrando em Artes Cênicas na Udesc Ceart, Cae Beck, acredita que as ideias e projetos que a Coletiva Trans poderá propor futuramente serão acolhidos de forma favorável pelo centro. “Imagino que o Ceart vai nos receber muito bem porque é um centro que produz muito conhecimento a favor da diversidade, pluralidade e conhecimento”, afirma.

O movimento não é pensado apenas para tratar das questões acadêmicas internas, mas também busca auxiliar os participantes em questões fora da universidade. “Temos que pensar no acolhimento não só dentro da universidade, mas na vida de cada um, porque a universidade é uma parte disso, mas o gênero vai muito além do que a gente pode fazer aqui”, destaca Joana Goulart, graduanda em Artes Visuais.

A s reuniões da Coletiva Trans contam com participantes da Udesc Ceart, de outros centros da universidade e até de outras instituições de ensino. A mestranda Joanna Leoni se diz surpresa positivamente pela participação, especialmente de estudantes que já haviam pensado em criar um movimento na Udesc, mas que não haviam colocado a ideia em prática. "Isso me deixou contente porque são pessoas que estão engajadas e a fim de participar", conta.

Cerca de 20 pessoas estiveram nos encontros presenciais em 2023. Quem tiver interesse em conhecer a Coletiva Trans e participar das reuniões neste ano, pode entrar em contato pelo whatsapp (47) 99716-4677.

Mês da Visibilidade Trans

Em alusão ao Dia Nacional da Visibilidade Trans (29/1), o mês de janeiro é dedicado a reconhecer, apoiar e amplificar a luta pelos direitos das pessoas transexuais, transgênero e travestis. Incluir essa população e combater a transfobia são compromissos da Udesc Ceart, que busca garantir um ambiente universitário plural e diverso por meio de políticas de ingresso e de permanência, além de outras ações formativas e de acolhimento. 

Assessoria de Comunicação da Udesc Ceart
E-mail: comunicacao.ceart@udesc.br
Telefone: +55 (48) 3664-8350