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Jornal da Educação

Notícias Anteriores (Edição Dezembro/2018)

Pesquisa aponta que somente 67% do tempo de aulas é usado para a atividade de ensino e aprendizagem

Escrito por Maria Goreti Gomes

O Mapeamento “Profissão Professor” mostra que, na percepção de 69% dos professores brasileiros, dar mais oportunidades de qualificação aos docentes é a medida mais eficaz de valorização desses profissionais. A melhoria da remuneração aparece na segunda posição com 62%. Na mesma pesquisa foi constatado que somente 67% do tempo de aulas é usado para a atividade de ensino e aprendizagem.

Com mais de 2,2 milhões de docentes no país, a percepção é que a valorização do profissional da educação não está unicamente em garantir salários mais atrativos e planos de carreira, mas em um conjunto de estratégias que tem como o ponto central o apoio à formação continuada.

A pesquisa Profissão Professor –conduzida pelo movimento Todos pela Educação com mais de 2 mil professores brasileiros de educação básica e ensino médio, em junho de 2018, aponta que 69% dos educadores defendem que dar mais oportunidades de qualificação aos docentes que estão na ativa é a medida mais eficaz para a valorização da profissão pela sociedade.

Escutar os educadores nos debates públicos e nas decisões políticas educacionais foi apontado por 67% dos entrevistados como outra ação importante.

Em suma, a qualificação e escuta, na opinião dos professores, podem levar à valorização da atividade. Restaurar a autoridade frente aos alunos e pais e melhorar remuneração aparecem em segunda posição com, respectivamente, 64% e 62%.

Um outro dado mostrado pela pesquisa, reforça a percepção da importância dada aos temas que envolvem a formação do docente.

Os dados mostram que 82% valorizam o apoio ao conhecimento sobre didáticas específicas da disciplina; 81% o conhecimento prático sobre como planejar as aulas; 77% conhecimento sobre teorias de aprendizado (como o aluno aprende); e 78% conhecimento sobre gestão de sala de aula.

Estes dados demonstram que o professor quer aprender. Um dos maiores desafios é criar um ambiente propício para que esse aprendizado aconteça, sobretudo diante da escassez de tempo.

No Brasil, os docentes utilizam 12% da carga horária para administrar tarefas operacionais, como corrigir exercícios e provas, preencher listas e tabelas, elaborar e revisar planejamento e calcular notas.

Nas aulas, 20% do tempo é usado para manter a disciplina; e somente 67% é dedicado ao ensino e aprendizagem propriamente dita (OCDE).

Segundo Kamila Drequeceler, professora do Colégio Magister, é muito importante ter reuniões, palestras e cursos de formação continuada durante o ano. Essas atividades fazem com que o professor possa melhorar cada vez mais.

“A cultura de aprendizagem ativa é muito nova para o professor. Os docentes de hoje não foram formados nesse contexto. Quando eu era aluna, por exemplo, o tipo de aula era essencialmente expositiva. Então, atualmente, para dar uma aula com metodologia ativa que fuja do tradicional significa, para o professor, sair da zona de conforto”, afirma.

Paula Gonçalves, coordenadora do programa de Desenvolvimento de Metodologias Ativas da Geekie, salienta que os professores brasileiros têm alguns desafios para investir na educação continuada.

“Há o desafio do tempo disponível para investir no aprimoramento profissional e, muitas vezes, o custo envolvido”, afirma.

“No entanto, há uma série de cursos online e e-books gratuitos que auxiliam o educador nessa empreitada”. salienta Paula.

Ela indica alguns sites, que contam com conteúdos de qualidade disponíveis para o professor.

 
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