Escrito por Jornal da Educação
É comum ouvirmos dos pais a expressão “no meu tempo tudo era mais difícil”. E não são raras as mães que, diante da indecisão da filha em escolher a roupa ou o calçado dispara rapidamente,”se você tivesse uma única roupa, como eu tinha, saberia exatamente qual usar”.
Tudo isso se deve à melhoria da qualidade de vida e à luta dos pais para garantir aos filhos tudo aquilo que não tiveram, seja por falta de dinheiro, seja porque a sociedade ainda não havia produzido tais produtos.
Ao escolher a profissão que pretende seguir, o adolescente precisa estar certo de que não está sozinho. Seus amigos e milhares de adolescentes da sua idade estão na mesma situação. Assim como precisam escolher o provedor da internet, o site de relacionamento, a marca do chocolate, o jovem se vê diante de uma infinidade de cursos, faculdades e profissões a seguir.
A grande diferença entre a situação dos jovens é a sua própria condição intelectual e de vida. As opções são muitas e bem diferenciadas, tanto do ponto de vista financeiro, quando intelectual e cultural.
E como tudo na vida, há o lado positivo e o negativo. Nada é totalmente bom, ou totalmente ruim.
A facilidade de acesso, especialmente do ponto de vista da oferta e do financiamento do curso superior, aproxima o adolescente do sonho do sucesso pela profissão e, ao mesmo tempo, o torna responsável por fazer a escolha adequada. Sempre há o lado positivo e o negativo.
Por outro lado, este acesso democratizado ao ensino superior, torna o mercado de trabalho ainda mais competitivo. Mas o adolescente da atualidade tem a favor de si a vantagem de estar acostumado a escolher. Tudo na vida são opções e a escolha é sempre um ato individual, pessoal e solitário.
Esteja certo de que esta dificuldade é vivenciada, por milhares de adolescentes e jovens pelo mundo afora. Seu amigo de infância, de banco de escola, agora é seu concorrente para a vaga na universidade e no mercado de trabalho, cada vez mais aquecido.