Escrito por Jornal da Educação
"Se você não for melhor que hoje no dia de amanhã, então para que você precisa do amanhã?"
Rabbi Nahman de Brastslav
A escolha do curso superior, esta diretamente ligada ao processo de construção da identidade pessoal. Escolhas que afetam o futuro sempre parecem difíceis. E por esta razão é preciso levar em consideração suas preferências pessoais.
Sonia Regina V. Mansano, professora e escritora, em seu livro Cartografando
Trajetórias, além de mostrar que a criação da adolescência é recente na história da humanidade, alerta para o fato de que não podemos acelerar o processo de escolha da profissão, pelo adolescente ou pelo adulto "sob o prisma reducionista da sobrevivência e da necessidade de inserção no mercado de trabalho".
Ao se ver ante a necessidade tão apregoada de sobrevivência, o jovem pode tornar-se propenso a escolher aquelas profissões tidas como mais seguras e rentáveis", mas isso não garante o sucesso profissional e muito menos o pessoal.
Também não se pode cair nesta armadilha do mercado de trabalho. Pois será efetivamente bem sucedido aquele profissional que faça aquilo que ama, que o faz feliz.
Um profissional feliz sempre terá uma boa posição, porque faz melhor, se diverte enquanto trabalha e isso não é para qualquer um. É o sonho de todo e qualquer ser humano: ser pago, ganhar dinheiro, para fazer o que gosta. O que mais alguém poderia querer?
No processo de construção da identidade pessoal, a construção da profissão é um projeto em aberto, está permanentemente interferindo nas trajetórias de vida, não podendo ser desvinculada de forma alguma das múltiplas dimensões presentes na possível mobilidade profissional.
O conhecimento precisa estar cotidianamente adequado à realidade profissional.
"O emprego do Século 21 requer habilidades mentais. Exige raciocínio rápido, capacidade de interpretação e de análise da informação. Atributos que só são adquiridos com ensino de qualidade.
O brasileiro tem muitos hábitos que precisam ser mudados. É comum assistir entrevistas de adolescentes reclamando de não conseguir emprego. "Ninguém dá chance para mim". Saiba que nenhum empresário tem obrigação de lhe dar chance.
Uma empresa é um negócio, não uma casa de assistência social. As empresas precisam pensar em si próprias, precisam de profissionais qualificados. São as escolas. Os responsáveis por preparar os jovens para ingressar no mercado de trabalho.
As empresas não devem descer ao nível dos interessados no emprego, o candidato é quem deve "correr atrás", adquirir as condições de empregabilidade, ou de ser empregável.
É obvio que a empresa tem um papel social. E seu papel social é exatamente este: dar emprego e gerar renda à sociedade, pagar os impostos e salários em dia e manter-se viva no mercado. E, para isso, precisa contratar profissionais produtivos, adequados a seu negócio.
O empregado precisa ser um número positivo, gerar lucro, porque se for um peso, estará contribuindo para falir a empresa, seja ela pública ou privada.
Em primeiro lugar, pare de reclamar. Faça as coisas acontecerem. Saiba que nada é de graça, tudo tem um custo e alguém sempre terá de pagar o preço.