Escrito por Marcelo Junior Dainesi Viana
No nosso dia a dia, usamos os números para muitas coisas diferentes, mas você sabe de onde eles vêm? Não é novidade que utilizamos dez algarismos diferentes pra representar os números: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 0. Esses símbolos fazem parte do sistema de numeração árabe, que tem origem na índia.
Apesar de utilizarmos esse sistema, nós também temos muita inspiração de outros modos de se contar, desenvolvidos em vários locais do mundo. Vejamos alguns deles e suas influências.
Sistema de numeração babilônico
A mesopotâmia, que fica na região do atual Iraque, é um dos berços da matemática, e isso se deve pelo sistema de numeração babilônico, que é baseado no número 60. Aqui já dá pra perceber uma influência nossa contagem de tempo, na qual o minuto tem 60 segundos e a hora, 60 minutos.
O sistema é sexagesimal, baseado em 60. O número que aparentemente falta não é o 60, e sim o 0, que apesar de não ter um símbolo para representá-lo, já era concebido.
Além disso, usavam-se sistemas de contagem baseados nos números 5 e 12, utilizando as mãos como referência e contando a partir das falanges para formar uma dúzia, que em seguida era agrupada na outra mão.
Sistema de numeração egípcio
Os egípcios desenvolveram um sistema de numeração principalmente baseado em 7 números: 10, 100, 1000, 10.000, 100.000 e 1.000.000. Para isso, utilizavam símbolos para representar cada uma destas quantias.
Sistema de numeração Maia
Os maias utilizavam um sistema com a base numérica de 20, utilizando símbolos para representar cada número.
Os Maias, ao contrário dos mesopotâmicos e egípcios, possuíam um símbolo para representar o número 0. Aqui vale lembrar que apesar de não terem um símbolo especifico, os mesopotâmicos e egípcios já concebiam o 0.
Estes 3 sistemas de numeração nos permitem ver que desde milênios atrás já haviam complexos modos de se contar, que refletem diretamente as sociedades nas quais eles surgiram. Não é a toa que estes povos conseguiram ter controle de suas produções na agricultura, pecuária e erguer grandes construções como as pirâmides ou as belíssimas construções em Chichén Itzá.
Marcelo Junior Dainesi Viana - Aluno do 6º semestre do Curso de Licenciatura em História (Orientado pelo professor Leandro Villela de Azevedo) nas Faculdades Integradas de Ciências Humanas, Saúde e Educação de Guarulhos.