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Jornal da Educação

De onde vem (Edição Novembro/2019)

Com quantos paus se faz uma canoa?

Escrito por Leandro Villela de Azevedo

Me perdoem o trocadilho do título, mas o objetivo desse texto é refletir sobre o surgimento da navegação. Afinal, quem teriam sido os inventores das técnicas navais. Assim como a disputa entre Alberto Santos Dumonte os irmãos Wright a invenção da navegação também não é tão simples como se parece.

A princípio a disputa se dá entre os Egípcios e os Fenícios. Os Egípcios já tinham navegação no rio Nilo muito antes dos fenícios pensarem em existir (já tinham navegação desde 3500AC enquanto os fenícios surgem em 2000AC) – Entretanto por muitos anos os egípcios conseguiam navegar única e exclusivamente no Nilo

Isso porque os seus primeiros navios não tinham nem velas e nem remos. Assim as gôndolas de Veneza o navio era movido com varetas longas que “empurravam o fundo do rio Nilo” dando impulso as embarcações, o que não era possível de se fazer no oceano.

Já os Fenícios de forma muito mais evoluída já tinham remos e velas, que permitiam os navios serem empurrados adiante “em qualquer lugar” e teriam iniciado as navegações marítimas. Claro que logo os próprios Egípcios começaram a copiar a técnica fenícia, mas apenas na época de Ramsés (alguns séculos após os fenícios terem inventado a navegação).

A Polêmica continua ao se pensar o primeiro navio capaz de atravessar não somente mares (costeando os continentes) mas os oceanos. Desta vez a disputa vai entre Portugueses e Chineses. Os chineses já tinham navegação oceânica muito antes dos portugueses, e por volta de 1400DC chegaram ao ápice dessa tecnóloga as chamadas cidades flutuantes, capazes de abrigar ate 1000 pessoas.

Com essas eles nas expedições de Zheng He cruzaram o oceano índico e parte do pacífico, mapeando a África e a Índia (e alguns creem em indícios de que teriam chegado até a américa)

Mas a questão é que as cidades flutuantes eram muito pesadas e tinham pouca navegabilidade, ficando a mercê de tempestades e não conseguindo avançar em “ventos favoráveis”, já as caravelas portugueses eram menores e mais ágeis e graças a técnica das velas triangulares podiam rumar mesmo em ventos contrários (em ângulos de até 60 graus) fazendo com que fossem muito mais evoluídas

E os navios a Vapor? Tem consenso? Seriam os ingleses construtores do Titanic? Não, nem de longe. Nesse caso a disputa é entre Estados Unidos e França. Os Franceses saíram na frente, alguns anos antes da revolução francesa por sinal. Através de um motor que girava duas rodas com pás, uma de cada lado, moviam e viravam o navio.

Mas como era preciso muito carvão e lenha para mover o navio ele não tinha muita autonomia. (pois se carregasse carvão para uma longa travessia teria que ser maior, logo precisaria de mais carvão para dar força para se mover) – Por isso após a revolução o projeto foi abandonado por um tempo e recuperado anos depois pelos Estados Unidos.

O motivo era que eles tinham o rio Mississipi como principal rota de escoamento da produção de algodão, como não era uma navegação no mar mas no rio os navios a vapor podiam ser reabastecidos rapidamente e continuar a viagem.

Por último... e com quantos paus se faz uma canoa? Se for depender de nossos indígenas ganhamos de longe em termos de eficiência pois a resposta seria “com um só” pois muitos povos nativos da américa desenvolveram técnica de escavar um único tronco resistente e com ele fazer a canoa completa, sem encaixes e com alta durabilidade

 
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