Escrito por Leandro Villela de Azevedo
Situações mais do que estranhas e inusitadas ocorreram com professores e as escolas em outros lugares e épocas históricas:
PROFESSORES ESCRAVOS:
Seria esse o sonho de todo aluno? Ter professores como seus escravos?
Era isso que ocorria com alunos romanos por volta do ano ZERO. Quando Roma invadiu a Grécia, na época de Júlio César e aumentou sua dominação nos anos seguintes, um número razoável de gregos foi escravizado e levado para Roma.
Só que, ao contrário da maior parte dos escravos que iam para os latifúndios como agricultores ou guerreiros no coliseu, muitos desses gregos eram filósofos, alguns deles inclusive de grande renome.
Assim, muitas famílias romanas começaram a “comprar professores escravos” para ensinarem seus filhos a filosofia grega. Apesar da estranheza, não adiantava querer mandar chicotear os professores que davam notas baixas.
Esses professores, ao contrário dos demais, embora não fossem livres eram muito bem tratados e respeitados (talvez até mais do que ocorre com nossos professores livres em muitas escolas do Brasil)
O bullying é obrigatório
Hoje temos campanhas anti bullying em muitas das escolas em todo o mundo, e parece difícil conseguir combater uma atitude que parece tão enraizada em nossa sociedade. Mas o que muita gente não sabe é que em diversos locais e épocas o bullying era incentivado pelos professores, como forma de “preparar os alunos para a vida”.
O caso mais notável é o de Esparta. Nas escolas espartanas, os alunos recém ingressados aos seis anos, passavam por uma cerimônia parecia com o trote universitário (só que muito pior). Eram despidos, trancados no pátio do Gimnásio e todos os alunos mais velhos vinham dar uma surra nos pequeninos. Esta era uma forma de os “preparar” para o treinamento que viria. Era comum que alguns morressem no processo, mas para os espartanos era bom “se livrar dos mais fracos” ao invés de perder tempo treinando aqueles que não teriam condições de virar bons soldados
Ai dos professores de língua estrangeira
Hamurabi, imperador da Babilônia, escreveu por volta de 1700AC o primeiro grande código de leis do qual temos notícia. Ele havia conquistado diversas cidades mesopotâmicas e no intuito de padronizar a língua para garantir unidade do império, surge a regra de que, se o aluno falasse em qualquer língua, que não a babilônica, dentro da sala de aula receberia punição física com a vara.
Imagine hoje em dia o que seriam dos professores de inglês ou espanhol?
Professores de Príncipes professores Reis
Se hoje em dia já existes escolas elitistas, imagine então na época da monarquia. O futuro rei, às vezes acompanhado de um ou outro irmão, tinham uma escola inteira para eles dentro do palácio.
Um tutor principal cuidava de sua educação e contratava outros professores para especialidades diversas que o aluno pudesse aprender. O mais interessante é que, segundo a regra da maior parte dos reinos, quando ou se o rei morresse e o príncipe não tivesse condições de assumir o comando por ser muito novo, os tutores (professores) é que assumiriam o controle do reino até que o menino tivesse idade suficiente para governar.
Este fato ocorreu inclusive no Brasil, quando D. Pedro II, que tinha apenas cinco anos de idade quando deveria assumir o trono. O Monarca foi substituido por seu professor tutor, José Bonifácio, que governou o Brasil como Regente, por cerca de 10 anos.