Escrito por Jornal da Educação
Pouca gente sabe, mas há muita história (ou talvez uma lenda) por trás do calendário que usamos hoje em dia, em grande parte ele veio dos romanos.
No início da história de Roma eles dividiam o ano em 10 meses de 36 dias, o que totalizaria apenas 360 dias no ano. Para não ficar defasado com as estações promoviam festivais aos deuses “fora do calendário”. Mas isso trazia muitos problemas para um império em crescimento.
Foi assim que o Imperador Otávio César Augusto, filho adotivo e sobrinho de Júlio César, propôs uma alteração drástica no calendário. Copiarem o modelo oriental (das terras invadidas) que tinham 12 meses. Para isso os novos meses teriam de ter alternadamente 30 ou 31 dias.
Nomear dois novos meses não é tarefa fácil, mas Augusto tinha uma ideia. Como é comum aos imperadores, resolveu nomear os meses em homenagem a si próprio (Mês de Agosto) e a Júlio César (Mês de Julho).
Entretanto não queria que esses meses abrissem ou fechassem o calendário, senão ficariam no inverno, por isso decidiu coloca-los no meio do ano (verão na Europa) Augusto queria que os meses ficassem juntos, mas aí nova polêmica, qual mês teria menos dias que o outro, julho ou agosto?
Para se demonstrar de igual poder ao antigo César Augusto decide que ambos os meses teriam 31 dias. Como isso? Resolveram tirar dias do mês mais odiado pelos romanos, fevereiro (cuja origem do nome é mês da febre) que ficava no fim do inverno.
Veja como faz sentido. Setembro era o mês sete, outubro mês oito, novembro nove e dezembro dez (o que não faz sentido na teoria é termos DEZembro como mês doze).
Muitos meses possuem seus nomes inspirados em deuses romanos, por exemplo março, em homenagem ao deus Marte (da guerra, tão cultuado pelos romanos).
Tudo o que temos hoje, do calendário à divisão das horas, tem uma origem histórica, e conhece-la ajuda a entender melhor o mundo em que vivemos.