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Um banho, com duração de 15 minutos, gera um consumo de 140 litros de água. Se o registro for fechado ao passar o sabonete em todo o corpo, o tempo cai para cinco minutos e o consumo de água fica reduzido a 45 litros. 

Essa recomendação consta na cartilha sobre uso racional da água elaborada em março de 2010 pelo programa de extensão Água e Gestão de Riscos, do curso de Engenharia de Alimentos do Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

Bastante ilustrada, a cartilha já foi distribuída a cerca de dez mil pessoas na região, sobretudo em Chapecó e Maravilha, e divulgada no Seminário de Políticas Públicas para Conservação da Água, que ocorreu em março, com apoio da Udesc Oeste.

O encontro teve a presença de prefeitos, vereadores e secretários de Educação, Meio Ambiente e Agricultura de 20 cidades.

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Coordenada pelo professor Neudi José Bordignon e participação de nove acadêmicos de Engenharia de Alimentos, a cartilha dá dicas sobre o consumo de água em diversas situações como escovação de dentes, uso do vaso sanitário, lavação de roupas, calçadas, carros e utensílios de cozinha e reaproveitamento da água da chuva.

O documento fala também sobre os benefícios que o uso racional da água causa aos usuários e ao meio ambiente, como maior oferta do produto, redução dos investimentos na captação da água e diminuição do volume de esgotos e energia elétrica, além de abordar os gastos com a recuperação dos mananciais, cada vez mais distantes, e o aumento dos custos no tratamento provocado pela poluição das águas

Segundo a cartilha, um copo de água depois de acordar ajuda a ativar os órgãos internos. E, antes do banho, contribui para baixar a pressão. Recomenda-se também a ingestão de um copo de água 30 minutos antes da refeição para melhorar a digestão ou ao dormir para evitar derrame cerebral ou ataque cardíaco.

Impurezas

Existem inúmeras substâncias e impurezas presentes na água natural, várias delas inofensivas, algumas desejáveis e outras perigosas, como vírus, bactérias e substâncias tóxicas, aponta a cartilha. Segundo o documento, para ser consumida pela população sem risco à saúde, a água deve atender requisitos de natureza física, química e biológica.

Do ponto de vista físico, ela deve ser incolor. "A coloração da água pode ser um fator estético para aceitação ou rejeição do produto", diz o coordenador do projeto, Neudi Bordignon. "O sabor e o odor são meios pelos quais se determinam o uso ou a aceitabilidade da água, que deve ser inodora e com sabor indefinível", acrescenta o professor da Udesc Oeste.

No requisito químico, a água precisa conter certa quantidade de oxigênio dissolvido e uma pequena quantidade de sais minerais, como cálcio e magnésio, mas não poderá apresentar arsênio, chumbo, cádmio e mercúrio (metais pesados).

Já do ponto de vista biológico, á água não poderá conter organismos patogênicos. "A presença de substâncias tóxicas na água, que muitas vezes não são percebidas pelo gosto, aparência ou pelo cheio, podem provocar doenças e ate a morte", adverte Bordignon.

Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Valmor Pizzetti
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