Um grupo de alunos da primeira fase do curso de Engenharia Sanitária do
Centro de Educação Superior do Alto Vale do Itajaí (Ceavi), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), visitou a Floresta Nacional de Ibirama (Flona), unidade de conservação federal de uso sustentável onde há grande diversidade de espécies de plantas.
A vista foi uma aula prática da disciplina de Fundamentos de Ecologia e Limnologia, ministrada pela professora Maria Pilar Serbent, que acompanhou o grupo. Eles foram recepcionados pela bióloga Marcela Machado, que serviu de guia pelas trilhas e expôs as ações desenvolvidas na área.
A Floresta Nacional de Ibirama ocupa uma área de 570 hectares, abrange também os municípios de Ascurra e Apiúna e é vinculada ao Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio).
Os acadêmicos desenvolveram atividades como coleta de água da lagoa para análises físico-químicas com equipamentos de campo, verificação das diferentes espécies da fauna e flora do local e aplicação prática da teoria da disciplina.
Lagoa artificial
A acadêmica Carolina Lopes dos Santos Zeferino conta que a existência de um reservatório artificial, criado por meio do represamento do córrego que passa no local, foi um dos aspectos que lhe chamou a atenção ao chegar a floresta.
"Foi possível notar que, num período de dez anos, ocorreu um assoreamento do lago, ocasionado pela retirada da mata ciliar, com um elevado acúmulo de sedimentos e, em consequência, um volume considerável de espécies vegetais começou a ocupar a área do lago", declara.
A aluna da Udesc Ibirama considera esse fato um problema grave e ressaltou que, se nenhuma ação for realizada para que essa vegetação seja retirada da lagoa, a tendência com o tempo serão a ocupação do rio pela vegetação e o seu completo desaparecimento.
Carolina destaca também que foram analisadas algumas espécies vegetais do ambiente, retiradas da lagoa e do seu entorno e da água, que era "aparentemente limpa".
Outras observações
O aluno Gabriel Cruz de Souza elogia a visita à floresta e diz que, além do monitoramento, são realizadas pesquisas na área para a proteção da biodiversidade devido à extração ilegal do palmito e que, por causa disso, foi criado um projeto de manejo do palmiteiro para produção do açaí.
Já a aluna e bolsista do Laboratório de Microbiologia Mauana Ravadelli ressalta que a visita à floresta serviu para enriquecer os conhecimentos sobre plantas. "Conseguimos aplicar na prática o que aprendemos em sala de aula", afirma.
Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Valmor Pizzetti
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