Pesquisa do docente analisou uso de bioflocos na reprodução de camarões peneídeos - Fotos: Divulg.
O professor
Maurício Emerenciano, do curso de Engenharia de Pesca do
Centro de Educação Superior da Região Sul (Ceres), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Laguna, recebeu a Medalha Alfonso Caso, da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam), por ter realizado a melhor tese de 2012 no Programa de Pós-Graduação em Ciências do Mar e Limnologia da instituição estrangeira.
A cerimônia de entrega ocorreu na quinta-feira passada, 18, no campus da Unam na Cidade do México. Oferecida às teses de doutorado, dissertações de mestrado e monografias de especialização de maior destaque e impacto acadêmico, a medalha homenageia Alfonso Caso, cientista e arqueólogo que contribuiu imensamente ao conhecimento das culturas mesoamericanas pré-colombianas e foi membro fundador da Academia Mexicana de História.
"Para mim, é uma imensa satisfação poder representar meu país em um seleto grupo acadêmico de uma das maiores instituições de ensino do mundo", diz Emerenciano. No ano em que ele concluiu a tese, os doutorados da Unam tiveram mais de cinco mil alunos e apenas 34 receberam a medalha.
A tese do professor da Udesc Laguna, que analisou a aplicação de um sistema de bioflocos na reprodução de camarões peneídeos, gerou cinco artigos publicados, dois capítulos de livros e diversos trabalhos apresentados em eventos científicos internacionais.
Cursos para produtores e pesquisadores mexicanos
Entre 1º e 6 de setembro, o professor Maurício Emerenciano proferiu três cursos nas cidades de Los Mochis, Culiacán e Mazatlán, no estado mexicano de Sinaloa, sobre produção de peixes e camarões marinhos por meio de sistemas de bioflocos. As aulas foram acompanhadas por mais de 120 produtores, técnicos e pesquisadores do setor.
"O México, um dos maiores produtores de camarão marinho do Ocidente, busca cada vez mais capacitar seus técnicos em relação a sistemas mais eficientes e controlados", explica Emerenciano.
O docente da Udesc Laguna, que trabalha há mais de oito anos com a tecnologia de bioflocos, teve ainda a oportunidade de visitar fazendas dessa região mexicana e conhecer novos projetos.
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